Na sua "Carta às Famílias", de 1994, São João Paulo II destacou que Deus é a fonte de toda a paternidade e maternidade. Ele argumentou que, se queremos que nossa família floresça, precisamos ir à fonte de tudo.
O Papa encerrou sua carta com a seguinte oração, que pede a Deus a proteção das famílias contra o “pai da mentira”, que tenta nos atacar de várias maneiras:
"Cristo, que é o mesmo «ontem, hoje e sempre» (cf. Heb 13, 8), esteja connosco ao dobrarmos os joelhos diante do Pai, do Qual provém toda a paternidade e maternidade e cada família humana (cf. Ef 3, 14-15) e, com as mesmas palavras da oração ao Pai que Ele próprio nos ensinou, ofereça uma vez mais o testemunho do amor com que Ele nos «amou até ao fim» (Jo 13, 1)!
Falo com a força da Sua verdade ao homem do nosso tempo, para que compreenda quão grandes bens são o matrimônio, a família e a vida; e quão grande perigo constitui o desprezo de tais realidades e a menor consideração pelos supremos valores que fundam a família e a dignidade do ser humano.
Seja o Senhor Jesus a dizer-nos de novo estas coisas com o poder e a sabedoria da Cruz (cf. 1 Cor 1, 17-24), a fim de que a humanidade não ceda à tentação do «pai da mentira» (Jo 8, 44), que constantemente a impele por estradas largas e espaçosas, aparentemente fáceis e agradáveis, mas, na realidade, cheias de insídias e perigos. Seja-nos concedido seguir sempre Aquele que é «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14, 6).
(...) A Sagrada Família, ícone e modelo de cada família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna de vida! Maria, Mãe do belo amor, e José, Guarda do Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção!"