A ofensiva do Hamas contra Israel abriu um novo capítulo sangrento no conflito latente entre Israel e a Palestina. O número de vítimas aumenta a cada hora em ambos os lados, e os próximos dias parecem particularmente sombrios. À voz do Papa Francisco pela paz juntam-se os esforços de muitos bispos, padres e cardeais do mundo todo.
Em vários países, as orações são elevadas ao Céu para implorar a paz: intenção durante a oração universal, adoração eucarística, correntes de oração, recitação do terço... Os católicos multiplicam iniciativas voltadas à região martirizada.
A diocese de Roma, por exemplo, convidou os fiéis a se reunirem nesta terça-feira, 10, para rezar o terço em torno do ícone Salus Populi Romani, na Basílica de Santa Maria Maior. Porque, sim, a Igreja Católica está habituada a rezar pela paz. “A paz não é tanto uma questão de estruturas, mas de pessoas”, recordou com razão João Paulo II em 2003 na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz. "As estruturas e os mecanismos de paz – jurídicos, políticos e econômicos – são necessários e muitas vezes felizmente existem; mas constituem apenas o fruto da sabedoria e da experiência acumulada, ao longo da história, pelos inumeráveis gestos de paz, realizados por homens e mulheres que souberam esperar, sem nunca ceder ao desânimo", afirmou João Paulo II.
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Mas o que podemos fazer, além de rezar pela paz?
Sem cair num consumo excessivo e angustiante de informação sobre a evolução minuto a minuto da situação em Israel, estar informado parece ser uma necessidade para compreender o que se passa ali. Informe-se sobre os acontecimentos, sem ingenuidade. Mas também conheça as consequências para os cristãos que ali vivem e cuja presença é essencial para encontrar uma solução duradoura para os conflitos na região.
Cristãos cujo futuro está pontilhado. “O ciclo de violência que matou muitos palestinos e israelenses nos últimos meses explodiu”, respondeu o Cardeal Pizzaballa. “Apelamos à comunidade internacional e aos líderes religiosos para que façam tudo para ajudar a restaurar a paz e a trabalhar para garantir os direitos fundamentais das pessoas da região", pediu o cardeal.
Os líderes das comunidades cristãs, e em particular os irmãos franciscanos da Custódia da Terra Santa, são testemunhas da mensagem de diálogo e de fraternidade universal anunciada por São Francisco de Assis. Esta presença cristã, muitas vezes ameaçada, não deve desaparecer. Trabalhar pela paz significa também contribuir para a manutenção das comunidades cristãs na Terra Santa e na Faixa de Gaza. Há muitas iniciativas, como a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, envolvidas com comunidades cristãs. Apoiá-las é também uma forma de agir pela Terra Santa.