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Padre explica quando é exagero ir à Missa e à Comunhão diária

Padré dá a comunhão a uma mulher
Pe. Cido Pereira - Reportagem local - publicado em 31/10/23
"Antes de rotularmos alguém de fanático ou exagerado, conheçamos bem a vida, a piedade e, se possível, as motivações dessa pessoa"

O pe. Cido Pereira recebeu, na sua coluna de perguntas e respostas no jornal O São Paulo, a dúvida de uma leitora que quer saber em que circunstâncias a ida diária à Missa e à Eucaristia "podem ser consideradas exagero". O sacerdote respondeu:

"Marcela, ir à missa e receber a Comunhão diariamente é de uma riqueza sem tamanho. Oxalá todos pudessem participar diariamente dessa riqueza. Mas a vida tem lá seus compromissos, o trabalho, a família, as obrigações diárias.

Algumas pessoas, porém, podem alimentar sua fé diariamente participando da missa e comungando. Merecem nosso respeito e eu penso que uma família pode dar graças ao Senhor de ter alguém sempre diante de Deus orando por ela.

Nossos padres, párocos, vigários e administradores paroquiais são orientados a celebrarem diariamente e a manterem as igrejas abertas para os que desejam se encontrar com Deus. Eu fico imaginando o que têm no coração muitas pessoas que entram no silêncio de uma igreja e oram".

E quanto a comungar mais de uma vez? O padre observa:

"O exagero da missa e comunhão diárias só existe quando se torna uma obrigação, quando se torna uma obsessão, a ponto de a pessoa ficar doente se faltou à missa ou, pior, deixar de fazer suas obrigações para ir à missa, e, pior ainda, quando vai várias vezes à missa no mesmo dia e comunga em todas elas. Tanto que a o Catecismo da Igreja Católica estabeleceu que só se pode receber a comunhão duas vezes no mesmo dia durante duas missas".

Por fim, o pe. Cido convida:

"Porém, muito importante: antes de rotularmos alguém de fanático ou exagerado, conheçamos bem a vida, a piedade e, se possível, as motivações dessa pessoa".