Ser missionário não é algo reservado a alguns cristãos excepcionais. Uma família pode também mostrar o Evangelho àqueles que estão a sua volta. E não é algo tão difícil!
O Evangelho concerne todas as pessoas e todos os aspectos da pessoa. Aqui estão alguns exemplos para o ajudar a viver esta atividade missionária em família no seu dia a dia.
Nossos filhos, pequenos missionários
Na escola, os primeiros evangelizadores são os nossos filhos, inclusive os mais novos. Às vezes ficamos impressionados – e sempre maravilhados – com a força missionária das crianças. Quando desejam dar a conhecer o “seu” Senhor a alguém que amam, são capazes de um zelo admirável! Mas é essencial que elas se sintam apoiadas pelos adultos, que algumas vezes tendem a sorrir das suas atitudes quando eles estão evangelizando.
Devemos lembrar que para Deus não existe “pequeno” missionário. Muito pelo contrário, pois muitas vezes as crianças estão mais abertas do que nós para a ação do Espírito Santo. Cuidado também para não destruir a confiança das crianças que estão cheias de ardor, com palavras como: “É assim mesmo… tem gente que não acredita em Deus, não há nada que possamos fazer a respeito”. Se as crianças estão cheias de ardor, é exatamente porque elas têm o coração incendiado pelo fogo do Espírito Santo. Precisamos ter cuidado com a nossa mornidão de coração, com a nossa tendência de sermos pessoas demasiadamente sensatas!
A Evangelização na saída da escola
A hora da saída da escola, que permite aos pais compartilharem algumas palavras, discutir sobre assuntos do cotidiano, ou mesmo formar amizades, pode também ser particularmente propícia à evangelização. Abra bem seus olhos e ouvidos e perceba se há alguma mãe mais isolada, outra que parece passar por uma dificuldade, uma terceira que talvez gostaria de conversar um pouco. É exatamente nesses momentos que a evangelização começa.
Algumas mães, ao mesmo tempo que são discretas, simples e acolhedoras, são também missionárias incontestáveis, sem necessariamente saber que são (o que é ainda mais bonito!). Não fazem grandes discursos, não se perdem em intermináveis auto testemunhos. Amam, simplesmente, como Jesus e com ele. Elas mostram a sua fé sem forçar, simplesmente estando disponíveis à ação do Espírito Santo que sempre lhes dá a palavra certa para apaziguar, consolar, iluminar e alegrar.
Não se esqueça dos vizinhos
As relações com os vizinhos também são importantes. O Senhor sabe muito bem o que faz. Se ele nos deu tais e tais vizinhos, não é por acaso. De certa forma, ele também os dá a nós. Cabe a nós superar a timidez ou o respeito humano que nos impede de abordá-los. É óbvio que as relações de boa vizinhança requerem respeito e discrição, mas existe também a triste realidade dos edifícios das grandes cidades, que são povoados por habitantes que se ignoram. É possível que alguém esteja em sofrimento ou mesmo faleça, sem que os outros percebam ou tomem conhecimento.
Então, o que fazer para amar concretamente seus vizinhos se você não os conhece? Como encontrar a oportunidade de anunciar explicitamente o Evangelho se vocês apenas trocam um rápido e distraído “Olá! Boa noite”? Podemos tentar oferecer ajuda nas mais diversas situações – por exemplo ficando com o filho de um ou levando o filho do outro para a escola – costuma ser uma ótima maneira para desenvolver contato.
Para anunciar o Evangelho, é preciso saber aproveitar as oportunidades
Um trabalho realizado em conjunto para uma associação ou na escola pode também oferecer a oportunidade de estabelecer laços e de expressar a própria fé. Com a partilha de um projeto em comum passamos a nos sentir mais próximos. Muitas barreiras caem quando se está envolvido na mesma tarefa.
Poderíamos multiplicar os exemplos. Quem se empenha constantemente em evangelizar os irmãos encontra mil oportunidades de anunciar o Evangelho, ora explicitamente, ora indiretamente. Com a condição de nunca se esquecer de sintonizar permanentemente com o evangelizador maior: o Espírito Santo.
Christine Ponsard