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3. O DEUS PESSOAL, mas diferente de nós
Os defensores da Nova Era usam erroneamente os grandes místicos e santos cristãos para justificar sua própria doutrina, que no fundo supõe a imanência de Deus, caindo em uma posição panteísta: tudo é Deus, ou melhor, tudo é divino. E assim eles interpretam fora de contexto esta frase de Santo Agostinho: "Não saia, volte para si mesmo; a verdade mora no interior do homem". Mas há algo fundamental em Agostinho: a distinção radical entre Deus e nós, entre o Criador e a criatura. Na introspecção, na meditação, na contemplação, não nos descobrimos como divinos, mas encontramos Deus dentro de nós como Alguém diferente. E neste sentido falamos de "divinização". Assim diz o bispo de Hipona: "Nós, por sua graça, fomos feitos o que não éramos, isto é, filhos de Deus; Nós éramos certamente algo, mas muito menos, isto é, filhos de homens. Ele desceu, então, para que nós pudéssemos ascender". Assim, ele deixa claro que "Um é o Filho de Deus e com o único Pai Deus. Os outros são divinizados pela graça, mas não nascem da Sua substância".
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