6. LIBERDADE, nada de eneagramas
Na Nova Era cai com muita frequência no determinismo. Toda postura mágica ou esotérica acaba sendo determinista. Pense, por exemplo, no eneagrama e sua distribuição de seres humanos em nove tipos de personalidade com suas características, valores e deficiências correspondentes, possibilidades de relacionamento e desenvolvimento etc. O mesmo acontece em tantas propostas que predestinam o ser humano ou o tratam, ao final, como uma marionete nas mãos do universo, de uma inteligência divina, das estrelas.
Diante do determinismo e do fatalismo, Santo Agostinho fala do "espírito de liberdade" do cristão. E ele não entende isso como uma simples ausência de condicionamento, mas como uma liberdade de alcançar o fim próprio do homem, que não é outro senão Deus, o bem supremo. Assim, haveria dois níveis de liberdade: um mínimo (livre arbítrio ou capacidade de escolha) e outro máximo (a possibilidade de escolher a plenitude da vida). E no fundo, para sermos realmente livres, feridos como somos pelo orgulho e pelo pecado, precisamos ser libertados por Jesus Cristo.
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