8. IGREJA, nada de espiritualismo individual
A popularidade da Nova Era deve-se, entre outras coisas, a uma concepção de espiritualidade que foge de qualquer pertencimento institucional. Na pseudo-filosofia da Nova Era, fala-se do signo astrológico de Aquário como a superação de Peixes, que passaria de uma preponderância do cristianismo para superar as divisões religiosas, manifestando o divino e espiritual que seria comum a todos os seres humanos. O protagonista seria meramente individual, e é rejeitada a pertença a uma comunidade normativa. Alguém até poderia ser cristão, por exemplo, mas sem pertencer à Igreja, sem estar sujeito a um grupo humano, muito menos se for dogmático e hierárquico.
Mas para Santo Agostinho, a espiritualidade cristã é profundamente eclesial. Não é um simples sentimento de pertencer a uma comunidade espiritual, nem algo puramente interior. A Igreja é uma mediação necessária da ação de Cristo, e é por isso que o Bispo de Hipona exorta: "ame a Igreja, que te gerou para a vida eterna".
+© Antoine Mekary | ALETEIA