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Os católicos que salvaram milhares de judeus na Segunda Guerra

MODLITWA W AUSCHWITZ

EAST NEWS

Marinella Bandini - publicado em 02/02/22

Centenas de conventos, mosteiros e igrejas abriram suas portas aos judeus que buscavam refúgio em Roma e em outras partes mundo

Eles compartilham o título de “Justos entre as Nações”. São homens e mulheres que, durante a Segunda Guerra Mundial, ajudaram a salvar milhares judeus da perseguição – muitas vezes arriscando as próprias vidas.

Há muitos católicos entre os “justos”, começando com o Papa Pio XI, embora seu trabalho até hoje não tenha sido reconhecido formalmente.

Na época, centenas de conventos, mosteiros e igrejas abriram suas portas aos judeus que buscavam refúgio em Roma e em outras partes mundo.

Entre eles, estava um convento na periferia de Toulouse, na França. Sua superiora, Madre Denise Bergon, conseguiu poupar a vida de cerca de 80 crianças graças a documentos falsos e uma rede de colaboradores de confiança.  

Há alguns anos, o Papa reconheceu as virtudes heroicas do Cardeal Elia Dalla Costa que, como arcebispo de Florença, organizou uma rede de assistência para os judeus em fuga.

O cardeal também tinha um colaborador especial: o grande ciclista Gino Bartali. Sua agilidade o ajudava a escapar das barreiras enquanto levava documentos falsos escondidos no barril de sua bicicleta.

Outro cardeal, o francês Eugène Tisserant, ajudou inúmeros judeus com passaportes, além de conseguir trabalho para alguns deles no Vaticano.

Católicos poloneses e italianos

A célebre história de Irena Sendler, uma assistente social polonesa que salvou centenas de crianças das periferias de Varsóvia se tornou filme.

Jan Karski, católico polonês casado com uma mulher judia, foi um diplomata do governo no exílio e um dos primeiros a testemunhar e alertar sobre a existência dos campos de extermínio.

Houve ainda uma parteira polonesa chamada Stanisława Leszczyńska que ajudou no parto de mais de três mil crianças durante sua permanência em Auschwitz.

Outros “justos”

Confira outros católicos que estão entre os justos:

– Giorgio Perlasca: um empresário italiano que, no inverno de 1944, graças à sorte das circunstâncias, se passou por cônsul espanhol na Hungria e salvou a vida de mais de 5.000 judeus;

– Beato Odoardo Focherini, pai de família com sete filhos, líder da Ação Católica e jornalista, foi assassinado por ódio à sua fé e por apoiar os judeus;

– Guelfo Zamboni, cônsul italiano em Tessalônica, na Grécia, salvou quase 300 judeus, tornando-os cidadãos italianos;

– Beato Omelyan Kovch era um padre greco-católico, pai de seis filhos. Ele obteve falsos certificados de do batismo para os judeus. Foi detido e morreu no campo de Majdanek;

– José Arturo Castellanos, um diplomata salvadorenho em Genebra, salvou mais de 40.000 judeus após desobedecer a leis de seu país por emitir vistos e certificados de cidadania.

E há muitas outras histórias de pessoas comuns, sacerdotes e leigos, mães e pais de família, comunidades e até povoados inteiros que, movidos pela fé, deram a vida pelo próximo.

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