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Por que respeito e amo os padres

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Claudio de Castro - publicado em 14/08/22

Às vezes vejo suas mãos calejadas pela vida e penso: essas mãos santas nos trazem Jesus todos os dias! Somos suficientemente gratos?

Os melhores conselhos que recebi na vida foram de sacerdotes. Vejo sua humildade, porém, mais do que isso, vejo o Jesus que habita neles. Para mim, são um sinal visível da bondade de Deus. Por isso, tenho tanto respeito e carinho por eles.

Às vezes vejo suas mãos calejadas pela vida e penso: essas mãos santas nos trazem Jesus todos os dias! Somos suficientemente gratos?

É muito o bem que recebemos deles. Um padre recordava isso em sua homilia: “Um sacerdote está sempre com você nos momentos mais importantes: quando você é batizado, quando recebe a crisma, quando precisa de consolo e ajuda, quando se casa. E quando enfrenta a morte, é um padre quem reza por você, para que as portas do céu se abram”.

Lembro-me de um padre idoso com quem eu costumava me confessar. Ele gostava de falar comigo com o carinho de um pai, mas também houve vezes em que precisou ser firme ao me dizer as coisas, e eu sabia que ele tinha razão, que fazia isso pelo bem da minha alma.

Um dia o vi triste. E, ao terminar a confissão, perguntei:

– Desculpe-me, padre. O senhor parece diferente. Aconteceu alguma coisa?

– Hoje é meu aniversário. E ninguém me ligou. Tenho uma irmã que mora na Espanha, é minha única familiar, e nem dela tenho notícias.

Já eram seus horas da tarde. Eu sorri com carinho e exclamei:

– Feliz aniversário, padre!

Ele me olhou e sorriu.

– O senhor é nosso pai espiritual – continuei. Nós, todos nós que nos confessamos com o senhor e participamos das missas que o senhor celebra, somos seus filhos espirituais. Somos sua família. E o amamos. O senhor não está sozinho. Tem Jesus, que o ama muito, e Maria, que também o ama imensamente. O senhor deu sua vida por Deus, e Ele saberá premiá-lo em seu momento.

Anotei a data do seu aniversário e todos os anos lhe enviava um cartão com algum presente.

Ser santo

– Seja santo – costumava aconselhar esse padre. Que se diga de você: “Passou pelo mundo fazendo o bem”. Não manche sua alma com o pecado.

Guardo com carinho esses conselhos tão sábios e aproveito muitos deles em meus livros. Mas há um que sempre tenho presente, coo escritor. Foi o bom Padre Ángel que me deu.

Fazia dois dias que eu estava trabalhando em um artigo para um jornal católico. Eu o retocava, corrigia, incorporava palavras novas. E, quando terminei, quis compartilhá-lo com o Pe. Ángel. Ele o leu e me disse: “Bom… está bom”. Eu esperava que ele se emocionasse com o texto.

– Por quê? – perguntei.

– Porque o que você diz não é novo – respondeu ele. Posso ler isso em qualquer jornal.

E então ele me deu o conselho:

– Escreva sobre coisas boas, coisas que deem esperança.

Desde aquele momento, dei uma virada radical nos meus escritos. E me dediquei a escrever sobre a bondade de Deus, sobre minhas experiências e as de muitas outras pessoas que começam a descobrir estas maravilhas.

Existe acaso alguma forma de pagar tantas graças? Sim, existe: amando muito os sacerdotes. Apoiando-os. Rezando por eles, para que o bom Deus os fortaleça e os guarde de todo mal. E sobretudo orando muito pelas vocações sacerdotais.

Que Deus nos dê sacerdotes. Santos sacerdotes. Para que nos iluminem e nos mostrem o caminho do Paraíso.

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