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Você não precisa estar possuído para experimentar o mal

Devil Satan red black hooded man

Raland | Shutterstock

Pe. Luigi Epicoco - publicado em 31/01/23

Uma sintomatologia abrangente de como o mal age na vida de uma pessoa

Evangelho de Marcos descreve, detalhadamente, um homem possuído. Prestando atenção ao texto, podemos traçar algumas características específicas do mal em nossa vida:

“Um homem possesso do espírito imundo saiu do cemitério onde tinha seu refúgio e veio-lhe ao encontro. Não podiam atá-lo nem com cadeia, mesmo nos sepulcros, pois tinha sido ligado muitas vezes com grilhões e cadeias, mas os despedaçara e ninguém o podia subjugar. Sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com pedras.”

Marcos 5, 2-5

A primeira coisa a observar é que a experiência do mal é uma experiência de morte. Há momentos, de fato, em que nos sentimos literalmente “mortificados” – momentos em que sentimos que a nossa vida está de alguma forma “morta”.

O Evangelho vai ainda mais longe: “não podiam atá-lo”. Ou seja, esse homem não era mais capaz de manter vínculos significativos com outras pessoas que o ajudassem a se recuperar.

Por fim, também lemos que ele estava chorando e se machucando. Ou seja, ele estava cheio de raiva dos outros e de ódio de si mesmo.

Este é o quadro completo, uma sintomatologia abrangente de como o mal age na vida de uma pessoa: sentir-se morto, não conseguir mais manter vínculos significativos, ficar com raiva dos outros e ter rancor de si mesmo. 

Ou seja, não é necessário estar possuído para experimentar o mal. Encontrar Jesus cura esse homem exatamente dessas três coisas, tanto que quem o encontra logo após sua libertação o vê “sentado ali, vestido e em seu perfeito juízo” – ou seja, livre daquilo que o agitava, vestido novamente com dignidade e capacidade de raciocínio adequado.

Nesse sentido, se o mal nos despedaça, a fé em Jesus nos une novamente. Parece-me que esta é uma boa razão para cultivar a fé.

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