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Preciosa carta de bispos sobre sexualidade humana ressalta como a Igreja é mãe

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Sexualidade

Evgeniy pavlovski | Shutterstock

Pe. Alex Kirby Lancon - publicado em 19/04/23

Num ambiente de “muita confusão e muita angústia”, os bispos oferecem esperança e liberdade

A grandiosa Basílica de São Pedro no Vaticano pode muito bem parecer outro mundo para as crianças. Eu me lembro de ter visto certa vez um menino fascinado com aquela beleza. Ele dançava, pulava e se maravilhava com o espaço quase infinito. Mas, enquanto se sentia livre e usufruía da sua liberdade, ele parava de tempos em tempos, olhava para a sua mãe e continuava saltitando. A mamãe estava lá: observava, cuidava e guiava. Tudo estava em ordem – desde que ele ficasse por perto.

Pode-se o mesmo da Igreja como mãe.

E uma recente carta publicada pela Conferência dos Bispos Nórdicos sobre a sexualidade humana destaca muito bem esse aspecto materno da Igreja para com os seus filhos.

A Santa Mãe Igreja é especializada em levar as pessoas para o céu. Ela cumpre essa missão oferecendo a verdade que nos liberta. Ela não criou esta verdade. Ela a recebeu. Ela não pediu esta missão. A missão foi dada a ela. Esta é a sua tarefa, e tudo é obra de Deus. “Não fomos ordenados para pregar pequenas noções de nossa própria criação”, afirmam os bispos nórdicos. Eles também entendem claramente sua missão.

Num ambiente de “muita confusão e muita angústia”, os bispos oferecem esperança e liberdade. Eles oferecem o Evangelho aos seus filhos espirituais. Vale a pena ler a sua carta e quero falar do porquê.

É que a carta é importante para todos.

A sexualidade humana é uma realidade que atinge a todos. Está em nossa carne, literalmente. Todos os seres humanos que já existiram ou existirão se relacionam com o mundo através do corpo. Imagine tentar expressar a sua alegria, o seu sofrimento ou até o seu tédio sem o seu corpo. Não há como. Não somos anjos.

O nosso corpo não é um uniforme para usarmos e tirarmos, mas um dom a ser entregue com amor. É o seu presente; é o meu presente. Nós somos os nossos corpos, assim como somos a nossa mente e somos o nosso espírito – e não pode ser de outra forma, pois corpo, mente e espírito compõem a unidade indissociável que todo ser humano é. “O anseio pelo amor e a busca pela plenitude sexual tocam os seres humanos intimamente”, diz a carta dos bispos. Ninguém está isento deste grande e às vezes penoso dom. Somos todos seres sexuais. No entanto, isso não é tudo o que somos.

O mundo reduz as pessoas às suas partes mais feridas. O corpo e a sua natureza sexual são alvos fáceis. Mas a carta ressalta nada menos que a plenitude do grande dom de Deus, ou seja, “a unidade de mente, alma e corpo” que é “feita para durar para sempre”. Este é o destino de cada pessoa no planeta.

O que a carta enfatiza

Em primeiro lugar, os bispos nórdicos mostram misericórdia autêntica, não apenas “dó” ou falsa caridade. O que atormenta os seus filhos espirituais é bem claro: “Em todos nós há elementos de caos que precisam ser ordenados”. No entanto, o remédio é igualmente esclarecido: o “chamado e a promessa de Cristo” também respondem a todos os desejos do coração humano, pois as feridas são, para Jesus, “fontes de cura”.

A carta é ainda um excelente exemplo de como apresentar a verdade por meio do convite e não da força. Você prefere esconder os seus melhores amigos ou compartilhá-los com alguém que esteja disposto a ouvir? Os bispos nórdicos escolhem a segunda opção. Eles apresentam ao mundo o melhor dos amigos, Jesus Cristo, com instruções passo a passo. A porta está escancarada e conduz ao Senhor.

A criança do nosso primeiro parágrafo era livre para ser ela mesma no ambiente acolhedor da Igreja. Ao divulgar a sua carta na Solenidade da Anunciação, o dia em que Maria recebeu a sua missão de mãe, os bispos nórdicos fazem uma declaração ousada. A carta oferece aos fiéis um “profundo enraizamento” no seio da Mãe Igreja, na esperança de que as almas sejam conduzidas a Cristo por meio dela. Em suas palavras, “nós decepcionaríamos os fiéis se lhes oferecêssemos menos que isto”.

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Tags:
BisposEducaçãoIgrejaSexualidade
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