Em 2009, dom Azcona denunciou gravíssimos casos de pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes na ilha, um crime que envolveria políticos e empresários locais
Os sacerdotes da prelazia do Marajó, no Pará, divulgaram nota neste dia 13 de dezembro, via redes sociais, pedindo a permanência do seu bispo emérito dom José Luís Azcona Hermoso, assim como solicitaram esclarecimentos da nunciatura apostólica no Brasil sobre a recente determinação de que o prelado deixe o território da prelazia.
De fato, um comunicado da prelazia firmado pelo administrador, pe. Kazimierz Antoni Skorki, e veiculado no último sábado, 9, informava que o núncio apostólico dom Giambattista Diquattro havia telefonado para dom Azcona para lhe informar, sem dizer os motivos, que ele não poderia permanecer no território.
Veículos locais de imprensa, como o jornal O Liberal, publicaram que dom Azcona tem até janeiro para sair da ilha. Em janeiro toma posse o novo bispo de Marajó, dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, nomeado pelo Papa Francisco em novembro.
A nota dos padres
Os clérigos da prelazia, em sua nota deste dia 13, declaram que “o desejo do povo pela permanência de dom José Azcona no território marajoara corresponde com o nosso”.