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João XXIII e João Paulo II: bondade e misericórdia de Deus para a Igreja

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Geraldo Trindade - Pensar Paralelo - publicado em 22/03/14
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A Igreja com esta atitude de canonizar estes grandes homens canoniza seus estilos de vida, suas virtudes heróicas, pois ambos são apresentados como modelos de vida
Dia 27 de abril de 2014, Festa da Divina Misericórdia, o Senhor reserva à sua Igreja Santa, Católica, Apostólica e Romana um mimo de sua infinita bondade: a canonização, ou seja, passam a ser santos dois papas, João XXIII, o papa bom e João Paulo II, o papa pop. O primeiro trouxe ao trono de Pedro a humildade e a proximidade com o povo; o segundo rejuvenesceu a Sé apostólica com seu carisma e seu poder de sedução junto às multidões.

Bento XVI dispensou os 5 anos necessários após a morte para abrir o processo de canonização de João Paulo. Francisco inovou ao suspender a necessidade de mais um milagre para a canonização de João XXIII. Ambos pontíficies beatos, que em breve serão incluídos na lista dos santos da Igreja Católica, têm duas realidades que os marcam: o Concílio Vaticano II e a Igreja. O Concílio marcou a vida e o ministério de ambos, pois foi o maior evento eclesial no século XX, propiciou que a caridade e a paz se concretizassem na vida da Igreja, que é mãe generosa e cuidadosa, que se faz próxima dos homens e mulheres consolando, ajudando e sustentando na esperança. João é o papa bom, pai de toda a humanidade, ele a abraçava e a abençoava. João Paulo visitando o mundo inteiro, fez-se o mensageiro da paz e promotor da vida, da fraternidade entre os povos e acolhedor dos necessitados. Ambos são santos, pois consistiram em viver a vida boa do Evangelho nas situações mais diversificadas que a Providência divina os colocava.

O papa João XXIII foi eleito no dia 28 de outubro de 1958. Por sua idade foi tomado como um papa de transição, mas surpreendeu o mundo com a convocação para o Concílio Vaticano II (1962-1965) e propiciou para que se vivesse em uma Igreja aberta ao mundo. João Paulo II foi eleito em 1978 e foi o primeiro papa não italiano em 456 anos. Entrou para a história pelo seu carisma e pelas viagens que fez aos quatro cantos do mundo encontrando com diversas pessoas e comunidades. Foi um grande missionário, um evangelizador universal, comunicador, fecundo no apostolado da palavra e dos seus escritos.

A Igreja vive destas grandes riquezas e heranças, da simplicidade do papa bom, João XXIII, e do papa misericordioso e sofredor, João Paulo II. A ação do Espírito Santo na Igreja é atuante constante em todos os momentos e lugares. Vemos verdadeiramente que a Igreja é antes de tudo a comunidade daqueles que são chamados à santidade e se empenha em cada dia para alcançá-la. Seguindo as pegadas destes dois grandes homens saberemos que nos encaminharemos em direção a Jesus Cristo. Ele que é o Pai das Misericórdias forja nos corações simples de várias pessoas o molde da santidade, planta ali sua semente de vida nova, transformando-as em corajosas testemunhas do amor de Deus em sua vida, que se estende a todas as pessoas.

A Igreja com esta atitude de canonizar estes grandes homens canoniza seus estilos de vida, suas virtudes heróicas, pois ambos são apresentados como modelos de vida a serviço da Igreja e de Deus, foram em seu tempo instrumentos da ação do Espírito Santo. No ato de elevá-los à honra dos altares, o papa Francisco mostra-nos caminhos de santidade de duas pessoas que souberam colocar-se à altura dos momentos e servir a Igreja, que é a Igreja de Cristo Jesus. Abre-se para todos os cristãos a partir de João XXIII e João Paulo II os caminhos da santidade, da simplicidade, da bondade e da misericórdia.

 

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