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O perigo das superstições

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El Pueblo Católico - publicado em 13/06/14
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A adivinhação, leitura de cartas e ritos supersticiosos estão direta ou indiretamente relacionados ao demônioUma leitora pediu que explicássemos em que consiste a leitura de cartas e os chamados “grupos de espiritismo” que abundam em Denver (EUA), porque “confundem nossa comunidade, fazendo as pessoas acreditarem que é algo relacionado à Igreja e aprovado por ela”. Este tema, junto à recente proposta de realizar uma “missa” satânica na Universidade de Harvard, é explicado por Dom Jorge de los Santos, novo diretor espiritual de Evangelização Hispana da arquidiocese de Denver.
 
 
A adivinhação, leitura de cartas ou qualquer outro rito supersticioso do tipo apontam para a predição de coisas futuras ou ocultas sem recorrer a Deus. Pretende-se descobrir aquilo que só Deus pode conhecer.
 
Deus nos revelou algumas coisas sobre o futuro: por exemplo, sabemos que haverá um juízo e depois o céu ou inferno. Ele também nos deu meios naturais (inteligência, estudo, ciência) e recursos para que nos preparemos responsavelmente para o futuro.
 
Mas, ao mesmo tempo, sabemos que não podemos controlar nosso porvir, pois ele está nas mãos do Senhor. Precisamos confiar nEle como um Pai infinitamente bom e cooperar com a sua graça para fazer a parte que nos corresponde.
 
No entanto, o homem, levado pela soberba, quer ter tudo sob controle, sem ter de colocar sua confiança em Deus. É por isso que busca conhecimento ilícito, por caminhos que estão fora da revelação divina e fora dos meios naturais, que são lícitos. E então opta pela adivinhação.
 
Explícita ou implicitamente, a adivinhação (ou leitura de cartas) recorre ao demônio, e quem a pratica fica, de alguma maneia, vinculado a ele. Também há pessoas que fazem diretamente um pacto com o maligno.
 
Quem recorre à adivinhação? Não se trata somente de bruxaria, espiritismos e outros. À medida que se perde a fé, populariza-se a adivinhação, mesmo entre pessoas que não pertencem a estes grupos, mas que buscam solução para seus problemas.
 
Outros acreditam que é tudo uma brincadeira e o fazem por curiosidade ou pela pressão de um grupo. Mas precisamos recordar que, na adivinhação, o que está em jogo é a nossa fidelidade a Deus, com quem não se brinca.
 
Segundo o exorcista espanhol José Antônio Fortea, entre as causas de possessão pelo demônio encontra-se o “assistir a sessões espíritas, cultos satânicos ou ritos esotéricos”, bem como fazer um “pacto com o demônio”. E a presença de demônios em uma casa “pode ocorrer quando nessa casa se praticou de forma contínua o espiritismo, ritos satânicos, bruxaria ou qualquer outra forma de esoterismo”.
 
Porque o satanismo existe. São pessoas, grupos ou movimentos que, de maneira isolada ou estruturada, com certa organização, praticam algum tipo de culto ao demônio, diabo ou satanás (adoração, veneração, invocação).
 
Para os satanistas, este personagem real é um ser ou força metafísica; ou um misterioso elemento inato no ser humano; ou energia sobrenatural desconhecida, invocada sob diversos nomes próprios (por exemplo, “Lúcifer”) por meio de ritos muito particulares.
 
Um desses ritos é a “missa” negra satânica, como a que foi anunciada em Harvard. É uma cerimônia que, simulando a missa católica, profana a Eucaristia, ofende os elementos que a missa contém, presta culto a satanás ou aos demônios, ridiculariza o sacrifício de Jesus Cristo na cruz.
 
A “missa” negra é dirigida por um sacerdote ou diácono satanista. Seu principal objetivo é prestar culto ao diabo; por isso, os participantes se vestem de preto e usam amuletos como p pentáculo (estrela de cinco pontas invertida, relacionada habitualmente com satanás) ou a sigla de Baphomet (demônio a quem supostamente os cavaleiros templários prestavam culto).

 
É comum, nas “missas” negras, que a Hóstia acabe pisoteada, misturada com drogas ou sendo parte de atos sexuais; em alguns casos, são feitos sacrifícios rituais de animais ou crianças. Uma mulher nua é usada como altar nos rituais pagãos, representando a mãe terra. A cor preta é a escolhida para as vestimentas no local do ritual, porque é o símbolo os poderes das trevas e do demônio.
 
Naturalmente, ao invés de invocar o nome de Deus, invoca-se o de satanás; também são invocados nomes de diversos demônios. Recita-se o Pai-Nosso em sentido contrário ou negativo (“Pai nosso que estais no inferno…”).
 
Durante os ritos satânicos, alguns grupos chegam a profanar cadáveres ou cometer atos de violência física, inclusive contra menores, e até homicídios rituais. E esperam que a “missa” negra termine com a chegada do diabo.
 
Não devemos recorrer a nenhuma destas práticas ou ritos, pois são totalmente contrárias à nossa fé. Recordemos que o inimigo está como um leão procurando a quem devorar.