A Dinamarca anunciou nesta terça-feira (22) que não vai receber – até segunda ordem – a cota anual de cerca de 500 refugiados proposta pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
A decisão foi anunciada pela ministra dinamarquesa da Imigração e da Integração, Ingrid Støjberg, durante uma reunião da Comissão Parlamentar sobre a Imigração, retransmitida on-line.
“Isso dará às prefeituras um pouco de pausa e de espaço para cuidar melhor dos que já chegaram aqui”, declarou.
Støjberg, que representa a restritiva política de imigração do governo de centro-direita da Dinamarca, anunciou em agosto passado que a acolhida prevista para este ano de 491 refugiados foi adiada.
“A Dinamarca tem a responsabilidade de ajudar as pessoas que querem se refugiar, mas também temos a responsabilidade de manter a coesão econômica, social e cultural da Dinamarca”, justificou.
A decisão foi aprovada por dois dos maiores partidos do Parlamento, e que não integram o governo: os social-democratas e o Partido Popular Dinamarquês (anti-imigração).
País de 5,7 milhões de habitantes, a Dinamarca registrou, como seus vizinhos, um pico dos pedidos de asilo em 2015 (21 mil), caindo em 2016 (5.700 até agora), em razão do fechamento de múltiplas fronteiras na Europa.
A passagem pelo território de inúmeros migrantes que buscam chegar à Suécia levou o governo a tomar uma série de medidas dissuasivas, incluindo a possibilidade de confiscar bens para ajudar a pagar sua acomodação.
(AFP)