Uma poesia, quase uma oração, para deixarmos de lado o que nos faz mal.
Despeço-me da falta de coragem,
do nó na garganta.
Despeço-me da falta de tempo,
da desculpa esfarrapada,
de mentira mal contada.
Despeço-me do SIM disfarçado de NÃO.
Despeço-me de regras sobre o amor,
pois nunca as cumpri,
despeço-me do medo,
que me segurou quando precisei correr,
despeço-me das lágrimas presas,
que poderia ter derramado quando pude.
Despeço-me do silêncio
que prendeu minha voz
quando tive urgência em chamar por alguém.
Despeço-me desse meu mundo,
onde não garanto andar em linha reta,
onde vou não existe regras,
tudo é livre,
tudo é aquarela.
(Autora: Natália Farias. Via Prosa e Poesia)