O convívio com pessoas de diferentes gerações pode ser um bom aprendizado para as criançasA criançada ainda tem um longo período de férias para aproveitar e nesse tempo muitos pais continuam trabalhando, nesses casos muitas famílias buscam a casa dos avós para garantir a diversão e a segurança das crianças.
A Pastoral da Criança dá ao convívio das crianças com os avós um importante valor, de acordo com Ir. Veroni Medeiros, assistente técnica da coordenação nacional da Pastoral da Criança na área de desenvolvimento infantil o papel dos avós é muito importante para o desenvolvimento saudável das crianças.
“Para as crianças, os impactos positivos são enormes. Elas convivem com gerações diferentes, aprendem a valorizar os idosos, respeitar diferenças, ter um sentimento de pertença familiar, sentem facilidade de negociação, apreendem a beleza da vida por meio de histórias e descobrem os valores da gratuidade, da bondade e do carinho”, afirma.
Além disso, Irmã Veroni destaca que o convívio entre gerações faz bem não só para as crianças, mas também para os avós.
A convivência entre as diferentes gerações é um ponto enriquecedor, tanto para as crianças, como para os avós. Os efeitos positivos dessa convivência facilitam o diálogo, ampliam os laços de parentesco. Os avós rejuvenescem, encontram um novo sentido para a vida, esquecem as dores, os fracassos e abraçam a vida com maior alegria e entusiasmo”, salienta.
A oportunidade de ficar sob os cuidados dos avós contribui para a transmissão de valores fundamentais da vida.
“Alguns estudiosos destacam que os avós, mesmo que não possuam formação escolar, oferecem valores sólidos, apoio emocional e se esforçam para garantir os princípios da fé cristã na vida dos netos. Os avós são os melhores contadores de belas histórias para os seus netos”, disse Irmã Veroni.
Os pais confiam nos cuidados dos avós, no entanto precisam da colaboração para que as ordens sejam seguidas. Irmã Veroni atenta para a contribuição dos avós na educação dos pequenos.
“Um aspecto importante é que os avós precisam ser cuidadosos para não interferir na educação que os pais oferecem aos filhos. Eles precisam descobrir formas criativas de como participar da vida dos netos, sem “deseducá-los” ou tirar a autoridade dos pais. A questão do limite também faz parte da educação e da boa convivência. Os avós precisam manter o combinado dos pais com os filhos. Eles podem e devem reforçar estas atitudes, para o bom desenvolvimento dos netos”, colocou.
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Valquíria Vieira, publicado em A12.com