separateurCreated with Sketch.

Depois de ser obrigada pela justiça a manter gravidez, mulher anuncia perda “espontânea” do bebê

whatsappfacebooktwitter-xemailnative
ACI Digital - publicado em 08/03/17
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

Pai da criança entrou com denúncia para que a Justiça do Uruguai investigue o caso que ele considera “estranho” e “curioso”Causou um profundo pesar e suspeita no Uruguai o suposto “aborto espontâneo” que sofreu uma mulher, a qual uma juíza havia proibido de abortar depois de um recurso de amparo apresentado pelo pai do bebê que queria ter a criança.

A proibição do aborto decidida pela juíza Pura Concepción Book foi aplaudida por grupos pró-vida e estabeleceu um precedente na história do Uruguai, onde o aborto é despenalizado até as 12 semanas de gravidez.

A decisão foi divulgada quando a mulher estava na décima semana de gestação.

O advogado da mulher, Daniel Benavidez, disse ao jornal ‘El Pais’, que a sua cliente chegou a um centro de saúde com sintomas de perda. Os médicos realizaram um ultrassom e confirmaram que ela havia sofrido um aborto.

Por sua parte, o representante do pai, o advogado Federico Aguerri, disse ao mesmo jornal que o resultado “é muito estranho, é curioso. Se fosse promotor ou juiz ordenaria urgentemente realizar uma perícia”.

Aguerri disse que este acontecimento foi “muito doloroso para o pai” e anunciou que será apresentada uma denúncia penal contra a mulher que estará a cargo de outro profissional.

Em declarações ao Grupo ACI, o presidente da organização ‘Movidos por la Vida’ do Uruguai, Nicolás Portela, manifestou a sua intenção de “solicitar publicamente à Justiça que investigue o caso e que dissipe quaisquer suspeita de procedimentos ilegais, que constituíram graves delitos”.

“Não quero ser categórico a respeito da natureza destes acontecimentos, pois a menina foi muito exposta e o estresse poderia ter causado o aborto espontâneo, mas não posso deixar de considerar elementos pública e notoriamente que nos deixam com dúvidas”, sublinhou Portela.

Em primeiro lugar, advertiu que “o centro de saúde onde o aborto seria praticado estava interessado em realizá-lo, pois havia apelado a decisão da juíza” e “a própria menina trabalhava neste centro”.

Além disso, em 28 de fevereiro, a mulher declarou publicamente que “apresentaria supostas lesões no útero que a impediam continuar com a gravidez (informação que não dada oportunamente ao juiz)”.

Além disso, destacou a forte participação de “ONGs promotoras do aborto”, que “assessoraram a menina e se comunicando com ela, pressionando a Justiça” para autorizar o aborto.

Entretanto, além do campo jurídico, Portela assinalou que, como uma organização, estão à disposição da mãe, do pai e das suas famílias “para qualquer contribuição de contenção que podemos realizar nestes momentos difíceis”.

Segundo Portela, “acreditamos que este caso e os milhares que ocorrem no nosso país, evidenciam a solidão absoluta e vulnerabilidade que as nossas leis deixaram as mulheres grávidas e os seus companheiros” em situações críticas.

Por esta razão, ressaltou a urgência de uma “revisão da atual lei do aborto e aprovação de uma lei que crie um sistema integral de proteção social da maternidade”.

 

(Via ACI Digital)

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Tags:
Aleteia vive graças às suas doações.

Ajude-nos a continuar nossa missão de compartilhar informações cristãs e belas histórias, apoiando-nos.