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Quem eram os Zuavos Pontifícios?

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Aleteia Brasil - publicado em 07/06/17
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Conheça o bravo regimento que defendeu o Estado Pontifício durante a sua última década de existênciaO termo “zuavo” se refere, inicialmente, a um regimento militar do exército francês formado por soldados originários da Argélia. Eles serviram à França entre 1830 e 1962.

À semelhança desse regimento, foram criados diversos outros corpos militares em vários países. Um deles foi o dos Zuavos Pontifícios, surgido em 1º de janeiro de 1861 e constituído basicamente por voluntários católicos solteiros, na maioria franceses, belgas e holandeses. Eles haviam chegado ao Estado Pontifício para defendê-lo dos militares do Reino da Itália, que desejava tomar Roma a fim de completar a unificação da península italiana.

Nessa época, a Itália ainda não existia como o país unificado que conhecemos hoje. Parte do atual território italiano pertencia então ao Estado Pontifício (ou Estados Papais), uma entidade soberana em que a Santa Sé exerceu o próprio poder temporal durante mais de 1.100 anos, desde 752 até 1870, ano em que foi anexado unilateralmente ao Reino da Itália. Sob veementes protestos, o Papa Pio IX se declarou com isto “prisioneiro no Vaticano”. Foi apenas em 1929, com os Pactos Lateranenses, que uma ínfima porção dos antigos territórios pontifícios foi restituída pelo Estado italiano à Santa Sé, dando origem ao atual Estado da Cidade do Vaticano, reconhecido internacionalmente como independente e soberano.

A bravura e heroísmo dos Zuavos Pontifícios se devia essencialmente aos seus princípios inspiradores. A respeito deles, o estudioso Lorenzo Innocenti declarou:

“[Eles] foram o baluarte do Trono e do Altar. Contribuíram de maneira determinante, com o seu voluntariado místico, em contraposição à fé laica dos garibaldinos e à fé monárquica das tropas do exército piemontês, para retardar em alguns anos a anexação do Estado da Igreja ao resto da Itália”.

O texto do juramento prestado pelos Zuavos Pontifícios é bastante representativo das motivações que os animavam:

“Eu juro a Deus Onipotente ser obediente e fiel ao meu soberano, o Pontífice Romano, nosso Santo Padre, o Papa Pio IX, e aos seus legítimos sucessores. Juro servi-lo com honra e fidelidade e sacrificar a minha vida pela defesa da sua augusta e sacra pessoa, pela defesa da sua soberania e pela defesa dos seus direitos”.

Após quase dez anos de serviços, o regimento pontifício foi dissolvido em 21 de setembro de 1870, devido, precisamente, à tomada de Roma pelas tropas italianas.

Dos Zuavos Pontifícios ao emblema “Detém-te”

É muito relevante recordar que foi a mãe de um jovem zuavo pontifício a responsável pela expansão da devoção ao Sagrado Coração de Jesus mediante o emblema “Detém-te“.

Saiba mais sobre este emblema clicando neste artigo.