Conheça um pouco do “jeito próprio” desses famosos padres por meio do humor – e do bom hábito de saber rir de si mesmosO Papa Francisco, que é jesuíta, já se manifestou várias vezes “em defesa do humor”, já que Deus é Alegria. Obviamente, ele não se refere ao humor chulo, apelativo e rasteiro de tantos programas e shows supostamente “humorísticos” que proliferam pela nossa sociedade. Trata-se, antes de tudo, do bom humor, do estado de espírito de quem vive na Alegria de Deus e, portanto, sabe levar na esportiva as coisas nem sempre fáceis que acontecem no dia-a-dia.
Uma das principais características de quem vive assim é saber rir de si mesmo. E os jesuítas costumam fazer isso, reconhecendo com bom humor alguns traços típicos do seu jeito de ser: objetivos, práticos, dinâmicos, empreendedores, mas a ponto de, certas vezes, parecerem insensíveis, racionalistas, egoístas e “capitalistas demais”.
Aqui vão 5 piadas em que eles próprios se autocriticam de modo construtivo e bem-humorado:
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1 – Acaba a luz
Um franciscano, um dominicano e um jesuíta estavam sentados em uma sala quando as luzes se apagaram.
O franciscano, com a sua espiritualidade de desprendimento, singeleza e amor a Deus mediante o louvor da criação, declarou:
“Irmãos, aproveitemos esta oportunidade para viver com alegria o dom da pobreza e para considerar humildemente a dívida de gratidão que nós temos com a nossa irmã, a luz!”
O dominicano acrescentou, com toda a sua tradição de profundidade filosófica e teológica:
“Aproveitemos também, irmãos, para contemplar o profundo contraste entre a Luz e as trevas”.
O jesuíta, então, fechou o jornal que estava lendo e declarou:
“Tudo bem, irmãos, eu vou lá trocar a lâmpada”.
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2 – Encontrando a Sagrada Família
Um jesuíta, um dominicano e um franciscano caminhavam por uma antiga estrada e debatiam sobre a grandeza de suas ordens religiosas. De repente, a Sagrada Família apareceu diante deles, com o Menino Jesus na manjedoura e Maria e José rezando junto a Ele.
O franciscano caiu de rosto por terra, intensamente admirado com aquela visão de Deus nascido em tamanha pobreza.
O dominicano caiu de joelhos, adorando a Santíssima Trindade e venerando Maria e José.
O jesuíta foi se achegando a São José, colocou a mão em seu ombro e lhe perguntou:
“E então, você já pensou em qual escola vai matriculá-lo?”
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3 – No barbeiro
Um franciscano foi ao barbeiro para cortar o cabelo e, depois do corte, perguntou quanto custava. O barbeiro respondeu que nunca cobrava dos padres. O franciscano insistiu, dizendo que, embora fosse pobre, poderia retribuir devidamente, mas o barbeiro realmente não quis aceitar. O franciscano então agradeceu e voltou para o convento. Na manhã seguinte, o barbeiro encontrou um grande cesto de pães caseiros, recém-assados, ainda quentinhos, vindos diretamente da cozinha dos franciscanos.
Dias depois, um dominicano foi ao mesmo barbeiro e, ao final do corte, quis pagar. O barbeiro respondeu também a ele que nunca cobrava do clero. O dominicano então debateu gentil e criteriosamente com o barbeiro, argumentando com base em sólidas premissas que não havia razão lógica para lhe conceder um corte gratuito, mas o barbeiro realmente não quis aceitar o pagamento. No dia seguinte, o barbeiro recebeu uma preciosa coleção de livros de teologia publicados pela Ordem Dominicana.
Alguns dias se passaram e um jesuíta foi ao mesmo barbeiro e quis pagar pelo corte de cabelo e barba, mas o barbeiro novamente afirmou que nunca cobrava dos clérigos. O jesuíta respondeu que era professor e, de fato, não tinha muito dinheiro, mas que, ainda assim, poderia e gostaria de pagar pelo corte. Mas o barbeiro realmente não quis aceitar. No dia seguinte, quando o barbeiro abriu a barbearia, encontrou na porta uma fila de doze jesuítas aguardando.
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4 – Abnegação à mesa
Um jesuíta e um franciscano se sentaram para jantar. De sobremesa, foi servida uma torta em dois pedaços: um pequeno e um grande. O jesuíta pegou o maior e, ao ver esta cena, o franciscano lhe recordou:
“São Francisco sempre ensinou a nós, seus filhos, a escolher a abnegação”.
O jesuíta respondeu, educadamente:
“Pois então!”
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5 – Último desejo
Um dominicano, um franciscano e um jesuíta estavam no mesmo hospital, todos já próximos da morte. Certa noite, um anjo lhes apareceu e informou que era chegada a sua hora e que cada um poderia fazer um último pedido antes de acompanhá-lo deste mundo.
O dominicano pediu vislumbrar ainda que de modo imperfeito a Face do Salvador. Num instante, o Rosto Divino de Cristo lhe apareceu, e, satisfeito com aquela contemplação mística, ele sentiu-se pronto para morrer realizado.
O franciscano pediu tocar as feridas das mãos e pés de Jesus antes de morrer. Cristo lhe apareceu e o convidou, tal como havia feito com São Tomé, a pôr a mão em suas Santas Chagas. O frade moribundo tocou então as feridas das mãos e dos pés de Jesus e, chorando de alegria, paz e emoção, entregou a alma ao Senhor.
Finalmente, o anjo se voltou ao jesuíta e lhe solicitou que fizesse o seu último pedido. Sem hesitação, o jesuíta respondeu:
“Gostaria de uma segunda opinião”.
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