Justiça britânica decide se o pequeno Alfie pode lutar ou tem que morrerO bebê Alfie Evans tem 21 meses de vida, dos quais passou 16 no hospital infantil inglês Alder Hey, em Liverpool. Ele sofre de uma “possível desordem metabólica”: o diagnóstico exato nunca foi feito (!)
Apesar de nem saber ao certo o que o menino tem, o hospital resolveu pedir à justiça britânica que retirasse a custódia do menino dos próprios pais, Thomas e Kate Evans, a fim de poder desconectá-lo do respirador artificial (!!)
Médicos da instituição consideravam que a “qualidade de vida” de Alfie não era “tolerável” e era “inútil” (!!!)
Desde então, os pais do menino vêm lutando nos tribunais pelo direito óbvio de levar o filho a outro hospital, onde ele ao menos poderia receber um diagnóstico. Mas, há duas semanas, o juiz “responsável” pelo caso deu razão ao hospital (!!!!)
Thomas e Kate recorreram e o Tribunal de Apelação responderá nesta terça-feira.
Os pais do menino desejam apenas continuar procurando uma cura para o filho e manifestaram essa intenção aos três juízes que constituem o tribunal. Seu advogado solicitou que o pedido do hospital seja rejeitado. O hospital, enquanto isso, continua afirmando que é “inútil” proporcionar tratamento a Alfie.
O hospital italiano Bambino Gesú, ligado ao Vaticano, já se ofereceu para receber o menino, diagnosticá-lo e procurar uma possível cura, mesmo conscientes dos riscos envolvidos na transferência.
O advogado da família Evans declarou:
“Eles estão lutando para ter mais alguns meses e continuarem procurando opções. Esta é uma posição que milhões de pais em todo o mundo adotariam. Ele morrerá lutando, mas morrerá como um herói. Milhões de pessoas considerarão essa morte nobre e heroica”.
O pai, Thomas Evans, afirmou o mesmo:
“Se o Alfie morrer na viagem, ele vai morrer como um herói. Vai morrer como um soldado. Ele merece viver, merece ser levado a outro lugar e ter alguma opção. Eu sempre tenho esperança”.
Ecos de Charlie
A história de Alfie recorda o pavoroso caso do pequeno Charlie Gard, a quem a “justiça” britânica também obrigou a desistir de lutar pela vida. Trata-se de um precedente extremamente perigoso de intromissão do Estado em uma decisão de âmbito estritamente familiar, conforme se expõe neste artigo recomendado: