Em vez de representarem quem dá razão à sua existência, organizações médicas se aliam a clínicas de aborto para “treinar profissionais” nessa práticaO Rio de Janeiro será sede do Congresso Mundial de Obstetrícia e Ginecologia FIGO 2018, em outubro, evento que, segundo relatório apresentado pelo site Estudos Nacionais, pretende promover e ensinar técnicas de aborto no Brasil.
O Congresso Mundial da FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) se intitula “o maior congresso global sobre saúde materna e infantil, reunindo obstetras, ginecologistas e profissionais de saúde de todo o mundo”. O evento acontecerá entre os dias 14 e 19 de outubro, no RioCentro, mas haverá cursos também na fase pré-congresso.
Segundo o relatório elaborado por Luan Gonçalves, estudante de medicina, e Marlon Derosa, diretor executivo e editor de projetos editoriais na Editora Estudos Nacionais, organizador e coautor do livro “Precisamos falar sobre aborto: mitos e verdades“, o site do FIGO 2018 “é bastante claro quanto a real intenção por trás do Congresso“.
Conforme pontuam os autores, a própria FIGO justifica a realização deste evento “dado o clima de mudança em relação ao aborto na América Central e do Sul” e considera que “o Congresso no Rio de Janeiro é uma oportunidade de introduzir as tecnologias de abortamentos a novos provedores [de aborto]”.
O relatório observa ainda:
“A FIGO mantém parceria oficial com o IPPF (International Planned Parenthood Federation) e a OMS, que são instituições sabidamente de orientação pró-aborto e facilitadoras de iniciativas abortistas em todo mundo” e “mantém um projeto de larga escala para a expansão do aborto legal. Trata-se do ‘FIGO Prevention of Unsafe Abortion Initiative” (FIGO – Iniciativa para Prevenção ao Aborto Inseguro)”.
Quanto ao Congresso no Rio de Janeiro, o relatório descreve que a sua grade “propõe cerca de 48 colóquios sobre aborto”, nos quais “a abordagem temática é sempre unilateral na visão do aborto como um direito”. Os autores destacam:
“Todos os palestrantes ou financiadores são pró-aborto e não há nenhuma discussão em sentido contrário, defendendo a dignidade da vida do nascituro, tampouco os males gerados pelo aborto na saúde das mulheres”.
“Um dos cursos que ocorrerá na fase pré-congresso chama-se Abortion Technology (Tecnologia de Aborto), e abordará técnicas de aborto tanto no primeiro quanto no segundo trimestre de gestação”.
O curso é “viabilizado em parceria com a National Abortion Federation, em colaboração com ONGs, fundações e clínicas de abortos, como a Gynuity Health Projects (GHP), Fundación Oriéntame, British Pregnancy Advisory Service , Ipas, DKT, Marie Stopes Mexico, British Pregnancy Advisory Service e Global Doctors for Choice. Entre os professores no curso estão aborteiros profissionais, de clínica de abortos que movimentam bilhões anualmente”.
Durante este curso serão abordadas inclusive técnicas de abortos mais agressivas como a D&E, conhecida como desmembramento, “que vem sendo proibida em muitos lugares que têm o aborto legalizado devido à crueldade do procedimento, que literalmente mata o feto por meio da mutilação de seu corpo”, indica o relatório.
Apoiadores
Entre as diversas instituições que apoiam a realização do Congresso FIGO 2018 no Rio de Janeiro está a Federação Brasileira das Associações de Obstetrícia e Ginecologia (Febrasgo), que, conforme assinalam os autores do relatório, tem se engajado fortemente com outras ONGs da militância pela legalização do aborto no Brasil.
Como exemplo, citam o fato de tal Federação ter se inscrito na Audiência Pública sobre a ADPF 442 no Supremo Tribunal Federal (STF) para expor “em prol da legalização do aborto até 12 semanas de gestação sob desejo da gestante”.
O relatório prossegue:
“Muito embora esses grupos atualmente reivindicam a legalização do aborto até 12 semanas, a Febrasgo quer, com o evento FIGO 2018, em outubro, preparar os profissionais da saúde para realizar abortos até o segundo trimestre, utilizando das mais violentas técnicas de desmembramento de fetos em estágio avançado de desenvolvimento”.
Por fim, os autores sublinham:
“Enquanto a população brasileira e também os médicos são majoritariamente contrários à legalização do aborto no Brasil, importantes organizações como a Febrasgo, ao invés de representarem aqueles que dão razão à sua existência, aliam-se com organizações internacionais e clínicas de abortos para treinar profissionais sobre procedimentos de abortos até no segundo trimestre e lutar pela legalização do aborto no Brasil”.
Para conferir o relatório completo da Estudos Nacionais, basta acessar:
http://estudosnacionais.com/2018relatorio01congressofigo/
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Artigo original publicado por ACI Digital