A votação foi de 129 deputados a favor, 125 contra e uma abstenção
A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou nesta quinta-feira (14), em primeira leitura, a legalização do aborto até a 14ª semana de gestação, um projeto que passará agora para o Senado.
A votação foi de 129 deputados a favor, 125 contra e uma abstenção, anunciou o presidente da Câmara, Emilio Monzó, ao final de uma sessão iniciada no dia anterior e que se estendeu por quase 24 horas.
Sem interrupções, praticamente todos os 257 deputados falaram na sessão, que foi acompanhada ao vivo nos arredores do Congresso por ativistas a favor e contra o projeto.
O parlamentar Luis Pastori, da União Cívica Radical, sustentou que “é absurdo e injusto sancionar uma lei que autorize matar seres humanos que devem ser respeitados desde a concepção”.
A Argentina nunca havia discutido no Parlamento a legalização do aborto.
O debate foi fechado ao público e até o último minuto prevalecia a incerteza sobre o resultado final. A discussão no Senado também se anuncia complicada e independente das afiliações políticas.
Atualmente, na Argentina, o aborto é permitido apenas em caso de estupro, ou de risco para a vida da mulher.
Nos arredores do Parlamento, vigílias de milhares de pessoas a favor e contra acompanharam em espaços separados o debate noite adentro.
(Com AFP)