Desde os primeiros séculos da Igreja se veneram os restos dos mártires e dos santosPor Frei Carlos Silva
As relíquias são restos (em latim: reliquiae = restos) dos corpos dos santos ou beatos. Num sentido, mais amplo se incluem também objetos que os santos e beatos utilizaram durante a sua vida ou ainda objetos que foram tocados nas relíquias.
O respeito pelas relíquias é uma devoção com raízes bíblicas. Por exemplo, Moises, ao sair do Egito “… levou consigo os ossos de José…” Os ossos se levaram solenemente em procissão. (Ex 13, 19).
Também no Novo Testamento comprovamos como uma mulher expressa sua Fe e obtém a cura tocando na túnica de Jesus. Podemos ler em Mt. 9,20-22.
No mesmo sentido vemos que os objetos tocados por São Paulo, lenços ou roupas que havia usado, realizavam curas milagrosas. Isso pode se lido em At. 19,11-12. Não só as relíquias, mas até a sombra de são Pedro curava aos enfermos (At. 5,15).
Desde os primeiros séculos da Igreja se veneram os restos dos mártires e dos santos. O Concilio de Trento nos convida a venerar as relíquias (ano de 1545) como um reconhecimento às pessoas que testemunharam o Cristo.
Certamente Deus pode conceder milagres pela intercessão dos santos e através das relíquias, mas o mais importante é nos aproximarmos dos santos para inspirar-nos em suas vidas e imitá-los com o desejo de viver também em santidade e chegar ao céu. Tradicionalmente a maior honra que pode receber as relíquias de um mártir ou de outro santo é ser depositadas sob o altar onde se faz memória do sacrifício de Cristo, pelo mistério de sua páscoa.