“Não tendo como perguntar, você corre dois riscos: julgar um pedinte ou ignorar um carente”Em sua página no Facebook, o pe. Zezinho publicou nesta semana o seguinte comentário a propósito do recente Dia Mundial dos Pobres, iniciativa do Papa Francisco, e do significado emblemático dessa data para a nossa consciência católica:
Um dia mundial para os pobres
Já recebi críticas de outros cristãos dizendo que não deveria existir nem o dia da Bíblia, nem o Dia dos Pais, nem o Dia das Mães e nem o Dia dos Pobres – e que foi marketing do Papa. Para a bondade e a gratidão todos os dias são igualmente importantes.
Preferi nem responder porque sei que os que dividem comigo esta página saberiam argumentar sobre a necessidade de ter um dia para motivar o povo sobre alguma realidade premente. E por que não um dia no calendário para lembrar de quase três bilhões de pessoas que carecem do mínimo necessário?
Lembro apenas que todos os países deveriam fazer o mesmo, porque neste mundo o que mais há é gente pobre!
Que tal o Dia do Perdão, do Diálogo e da Consciência Culpada? Sabe daquelas moedas e aqueles 2 reais que você tem no console do carro e, por princípio, você não dá quando passa na avenida?
O pedinte pode usar para cachaça ou droga, mas ele também pode estar com fome ou desempregado. Não tendo como perguntar, você corre dois riscos: julgar um pedinte ou ignorar um carente.
Mas como a prefeitura nem sempre os ajuda e nós também, o resultado pode ser mais alguém com fome!
Qual é a nossa teologia e sociologia a respeito desses pedintes?