“É esta a palavra que deve sempre acompanhar a nossa vida, a esperança de viver com o Senhor aqui e depois viver com o Senhor do outro lado”Na Missa da sexta-feira passada, 29/11, o Papa Francisco destacou o convite da Igreja, na última semana do ano litúrgico, a refletirmos sobre o fim do mundo e de cada um de nós: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão“. Estas palavras de Jesus inspiraram o Papa a refletir com os fiéis sobre o momento da morte, que nenhum de nós, observou ele, sabe quando será – e com frequência adiamos este pensamento.
“Todos nós temos esta fraqueza de vida, esta vulnerabilidade. Ontem eu meditava sobre isto (…); somos iguais na vulnerabilidade. Todos somos vulneráveis e a um certo ponto esta vulnerabilidade nos leva à morte. Por isso vamos ao médico, para ver como vai a minha vulnerabilidade física; outros vão para curar alguma vulnerabilidade psíquica no psicólogo (…) O Senhor nos fala para estarmos preparados para o encontro, e a morte é um encontro: é Ele quem vem nos encontrar, é Ele quem vem nos pegar pela mão e nos levar até Ele. Eu não gostaria que esta simples pregação fosse um aviso fúnebre! É simplesmente Evangelho, é simplesmente vida, é simplesmente dizer um ao outro: somos todos vulneráveis e todos temos uma porta à qual o Senhor um dia baterá”.
Francisco prosseguiu:
“Todas as coisas que juntamos, que poupamos, licitamente boas, mas não levaremos nada… Mas, sim, levaremos o abraço do Senhor. Pensar na própria morte: eu vou morrer, quando? Não está determinado no calendário, mas o Senhor sabe. E rezar ao Senhor: ‘Senhor, prepara meu coração para morrer bem, para morrer em paz, para morrer com esperança’. É esta a palavra que deve sempre acompanhar a nossa vida, a esperança de viver com o Senhor aqui e depois viver com o Senhor do outro lado. Rezemos uns pelos outros sobre isso”.
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