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Pe. Reginaldo Manzotti: “Deus está no silêncio de uma família que dá as mãos e reza”

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Padre Reginaldo Manzotti - publicado em 30/12/19
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A mensagem que podemos aprender neste tempo de Natal é que a família é transmissora de vida e de féLiturgicamente, ainda estamos celebrando o Natal do Senhor. Nesta semana da virada, nos últimos dias do ano, ainda imersos na espiritualidade do Natal, quando Deus se fez criança e escolheu nascer no seio de uma família.

A Luz verdadeira, que é Jesus, já está entre nós e deve estar também na família, para que a família volte a ser o que é: uma transmissora de vida e fé. Isso faz parte da mensagem que podemos aprender neste tempo de Natal.

Família volta a ser o que tu és, um lugar da presença de Deus. E Deus está, muitas vezes, no silêncio de uma consciência em paz de quem busca a Deus, de um pai e uma mãe que pedem discernimento, no silêncio de uma família que dá as mãos e reza. Numa cumplicidade de um marido e mulher, porque Deus raramente vai falar quando há muito barulho, mas não estou falando de um barulho externo, e sim de um barulho interior, que ensurdece quando não aquietamos a alma e serenamos os sentimentos.

Família, volta a ser o que tu és: lugar de comunhão. A família nasce do amor e só tem sentido no amor, pois vem de Deus. O criador quis que o homem tivesse a mulher como companheira e participassem da obra da criação.

A família é a primeira escola a nos ensinar a ser comunhão de amor, onde pessoas devem educar e se educar, pois formam uma comunidade de pessoas que vivem em comunhão. É na família que se aprende a viver a generosidade, a unidade, a solidariedade, a partilha, a fé e crescer a consciência de serem administradores dos próprios bens e dos bens comuns e da natureza.

A família é lugar de comunhão porque não visa o bem individual, mas o bem uns dos outros. E, como núcleo de comunhão a família deve participar da vida da comunidade, trabalhando com outros, servindo como um só corpo.

O que sustenta essa missão de ser comunhão é o amor. O amor que deveria ser incondicional, como nos ensina São Paulo. Um amor que é paciente, bondoso. Que não tem inveja, não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Cor 13,4-7).

Família, volta a ser o que tu és: um lugar de crescimento. “A família é principal lugar de crescimento de cada um porque é através dela que o ser humano se abre à vida e à exigência natural de relacionar-se com os outros”. (Papa Francisco)

É no ambiente familiar que fazemos nossas primeiras experiências de vida, aprendemos a falar, a andar, a sorrir, a compartilhar as pequenas conquistas com aqueles que nos cercam.

São os pais os primeiros transmissores da fé, como exortou o Papa Francisco: “Em família, a fé acompanha todas as idades da vida, a começar pela infância: as crianças aprendem a confiar no amor de seus pais. Por isso, é importante que os pais cultivem práticas de fé comuns na família, que acompanhem o amadurecimento da fé dos filhos. Sobretudo os jovens, que atravessam uma idade da vida tão complexa, rica e importante para a fé, devem sentir a proximidade e a atenção da família e da comunidade eclesial no seu caminho de crescimento da fé”.

E que tenhamos todos um abençoado 2020, sempre com Jesus e a Sagrada Família.