“Se você ganhar, suba, aceite seu premiozinho hoje à noite, agradeça ao seu agente e ao seu Deus e vaze. Ninguém está interessado nas suas opiniões particulares sobre política e cultura”A entrega do prêmio Globo de Ouro, dedicado a produções do cinema e da televisão, no último domingo, foi apresentada neste ano por Ricky Gervais, criador da série The Office. Em tom de humor temperado com doses de acidez, ele surpreendeu os telespectadores e principalmente a plateia de famosos com um discurso nada comum para os padrões da supostamente “engajada” Hollywood:
“Vocês não sabem nada do mundo real. A maioria de vocês passou menos tempo na escola do que a Greta Thunberg”.
A mordaz referência é à menina sueca que se tornou famosa recentemente por faltar às aulas a fim de protestar contra as transformações climáticas do planeta.
Internautas mundo afora aplaudiram Ricky Gervais nas redes sociais pelo contraponto à costumeira verborragia de clichês ideológicos que muitos artistas homenageados derramam em seus discursos, nem sempre imparciais nem alicerçados em fatos objetivos. É o caso, por exemplo, das ainda frequentes generalizações propagadas sobre temas que exigem discussões profundas e sérias, como os abusos sexuais e a pedofilia, uma praga que atinge desde o mundo das altas finanças até o dos esportes, desde funcionários da ONU até a própria Hollywood, mas que durante anos foi propositalmente delimitada pela “grande mídia” a contextos do clero católico, impondo uma ideia comum de que padre católico é praticamente sinônimo de predador sexual. Outros temas insistentemente manipulados e expostos a partir de perspectivas parciais e generalizantes incluem a ideologia de gênero, os assim chamados “direitos reprodutivos” e a própria instrumentalização política das transformações climáticas.
O apresentador desta edição do Globo de Ouro foi incisivo ao cutucar os artistas:
“Se você ganhar, suba, aceite seu premiozinho hoje à noite, agradeça ao seu agente e ao seu Deus e vaze, caramba. Ninguém está interessado nas suas opiniões particulares sobre política e cultura”.
Concorde-se ou não com Ricky Gervais, todo contraponto é bem-vindo para incentivar a contínua avaliação de posturas e conteúdos que tendem a se tornar mecânicos e pouco abertos ao questionamento.
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