“Quando o servo não é capaz de entender que caiu, quando a paixão o arrebata de tal modo que o leva à idolatria, abre o coração a Satanás”O Papa Francisco afirmou hoje que a atitude do pecador deve ser pedir perdão.
Na homilia da missa na casa Santa Marta, o Papa comentou as leituras do dia, extraídas do Livro do profeta Isaías (Is 49,1-6), o segundo canto do Servo do Senhor, e o Evangelho de João (Jo 13,21-33.36-38) que fala da traição de Judas e da renegação de Pedro.
A profecia de Isaías que ouvimos é uma profecia sobre o Messias, sobre o Redentor, mas também uma profecia sobre o povo de Israel, sobre o povo de Deus: podemos dizer que pode ser uma profecia sobre cada um de nós.
Substancialmente, a profecia ressalta que o Senhor elegeu o seu servo desde o seio materno: diz isso duas vezes. Desde o início o seu servo foi eleito, desde o nascimento ou antes do nascimento.
O Papa explicou em seguida que cada um de nós não nasceu por acaso.
O povo de Deus foi eleito antes do nascimento: também cada um de nós. Nenhum de nós caiu no mundo por casualidade, por acaso. Cada um de nós tem um destino, tem um destino livre, o destino da eleição de Deus. Eu nasço com o destino de ser filho de Deus, de ser servo de Deus, com a missão de servir, de construir, de edificar. E isso, desde o seio materno.
Segundo Francisco, “o Senhor nos elegeu desde o seio materno. Há quedas, na vida: cada um de nós é pecador e pode cair e caiu. Somente Nossa Senhora e Jesus: todos os outros caímos, somos pecadores”.
Mas o que importa é a atitude diante de Deus que me elegeu, que me ungiu como servo; é a atitude de um pecador que é capaz de pedir perdão, como Pedro, que jura que “não, jamais te renegarei, Senhor, jamais, jamais, jamais!”, depois quando o galo canta, chora. Arrepende-se. Este é o caminho do servo: quando escorrega, quando cai, pedir perdão.
Ao invés, quando o servo não é capaz de entender que caiu, quando a paixão o arrebata de tal modo que o leva à idolatria, abre o coração a Satanás, entra na noite: foi o que aconteceu com Judas.
O Papa enfatizou então a importância de perseverar no serviço.
Pensemos hoje em Jesus, o servo, fiel no serviço. Sua vocação é servir, até à morte e morte de Cruz. Pensemos em cada um de nós, parte do povo de Deus: somos servos, nossa vocação é para servir, não para se aproveitar do nosso lugar na Igreja. Servir. Sempre em serviço.
Peçamos a graça de perseverar no serviço. Por vezes com escorregões, quedas, mas ao menos a graça de chorar como Pedro chorou.
Coronavírus
O Santo Padre dedicou sua missa de hoje aos inocentes que são perseguidos.
Nestes dias de Quaresma vimos a perseguição que Jesus sofreu e como os doutores da Lei se acirraram contra Ele: foi julgado sob acirramento, com acirramento, sendo inocente. Gostaria de rezar hoje por todas as pessoas que sofrem uma sentença injusta por acirramento.
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