“Queremos, se possível, mudar a Igreja por dentro”, afirmam elas, contrariando o sacerdócio instituído por Jesus Cristo e preservado pela IgrejaA agência católica CNA Deutsch, do Grupo ACI, noticiou que dez religiosas de um grupo alemão autodenonimado “Mulheres religiosas pela dignidade humana” estão divulgando um manifesto no qual criticam o sacerdócio tal como instituído por Cristo e preservado pela Igreja, alegando que as necessidades atuais e as transformações sociais exigem a ordenação de mulheres.
Elas citam os insistentes clichês que acompanham esse tipo de manifestação, tais como “extrema dependência em relação ao homem consagrado”, “normas e regulamentos muito restritivos” e “relações de poder desfavoráveis”, que, segundo elas, vão contra “o evento da salvação para todas as pessoas”. Elas também afirmam que a pandemia de covid-19 tem dificultado ainda mais o acesso à Eucaristia por causa da falta de sacerdotes, bem como alegam que se sentem excluídas da liturgia católica: “Algumas orações foram formuladas de tal maneira que muitas de nós dificilmente podem suportar esses textos”.
Uma das religiosas do grupo é a irmã Susanne Schneider, que, em declarações à agência alemã KNA, declarou:
“Somos católicas romanas e queremos continuar sendo. Queremos, se possível, mudar a Igreja por dentro. Estamos bem conectadas com a Federação das Mulheres, com a Comunidade das Mulheres e com o [grupo dissidente] Maria 2.0 e, por meio das nossas experiências, queremos contribuir com as muitas propostas atuais de reforma. Até agora, as mulheres religiosas têm sido relativamente humildes e silenciosas em muitas questões. Esse tempo já passou”.
O sacerdócio católico
O sacramento da ordem sacerdotal é entendido e preservado no cristianismo como tendo sido instituído por Jesus Cristo na Última Ceia, ocasião em que Ele confiou este ministério somente aos Seus apóstolos homens. Não se trata de matéria a ser submetida às ideologias populistas de cada época, nem às idas e vindas de votações populares, plebiscitos ou ativismos reformistas baseados em impressões subjetivas. É uma questão de fé, que, para o Magistério da Igreja, está consolidada de modo claro e definitivo porque a própria Igreja não tem autoridade para modificá-la.
Código de Direito Canônico: “Só o varão batizado pode receber validamente a sagrada ordenação” (Cânon 1024).
Papa Francisco: “Existe a tentação de ‘funcionalizar’ a reflexão sobre as mulheres na Igreja, que devem fazer isso, que têm que ser aquilo… Não. A dimensão da mulher vai além das funções. É algo maior. Com a ordem sagrada não se pode, porque dogmaticamente não cabe. João Paulo II foi claro e fechou a porta, e eu não volto em relação a isso. Era algo sério, não um capricho” (Entrevista à agência Reuters em 2018).
São João Paulo II: “A ordenação sacerdotal, pela qual se transmite a missão que Cristo confiou aos seus Apóstolos de ensinar, santificar e governar os fiéis, foi na Igreja Católica, desde o início e sempre, exclusivamente reservada aos homens (…) Para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos, declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja” (Carta Apostólica Ordinatio Sacerdotalis).
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Com informações das agências católicas do Grupo ACI
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