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Bispo nigeriano: “Estão matando cristãos como frangos”

Les actes terroristes sont presque quotidiens au Nigeria
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Reportagem local - publicado em 31/07/20
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Movimentos midiáticos de ativismo internacional continuam “estranhamente” alheios ao que ocorre com a população negra e cristã da africana NigériaPraticamente nada mudou, ao longo dos últimos meses, desde que o arcebispo de Kaduna, Nigéria, dom Matthew Man-oso Ndagoso, fez esta poderosa declaração ao portal católico LifeSiteNews em 26 de abril de 2019:

“Estão matando cristãos como frangos”.

A dramática situação dos cristãos perseguidos no país prossegue a todo o vapor e dificilmente é abordada pela assim chamada “grande mídia” mundial. Da mesma forma, é um genocídio que pouco ou nada interessa aos “profissionais da indignação internacional”.

Milhares de cristãos continuam sendo mortos e dezenas de aldeias continuam sendo arrasadas.

O arcebispo Ndagoso denunciou, há mais de um ano, que os ataques dos extremistas da etnia Fulani contra as aldeias cristãs não eram motivados apenas por fatores religiosos, mas também pela impunidade com que as autoridades da Nigéria os deixam agir. Nos estados do Noroeste do país mais populoso da África, nos quais cerca de 98% da população é muçulmana, a lei islâmica foi imposta na prática, à revelia da constituição nacional, e os cristãos são reduzidos a uma pequena minoria que, “infelizmente, não conta aos olhos de alguns”.

Dom Ndagoso afirmou:

“Sempre disse que o primeiro dever de um governo, em qualquer parte do mundo, é proteger a vida e as propriedades dos cidadãos, mas posso assegurar a vocês que não é o caso no nosso país, especialmente no Noroeste. Estão matando cristãos como frangos”.

Tudo igual – ou pior – em 2020

Em junho de 2020, o bispo de Sokoto, dom Matthew Kukah, também apontou o dedo ao governo nigeriano pela sua passividade e incompetência em fazer frente aos grupos armados que aterrorizam a região, nomeadamente o Boko Haram, formado por fanáticos jihadistas que querem instaurar um califado, e os pastores nômades Fulani, que têm perpetrado uma perseguição brutal contra os agricultores cristãos.

Segundo estatísticas recentes da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia, cerca de 6 mil cristãos nigerianos foram mortos desde 2015, o que significa mais de mil por ano.

Dom Kukah declara que o governo da Nigéria é “fraco e corrupto” e, portanto, “responsável pela degeneração do conflito”. Ele pede ajuda internacional.

Neste mês de julho de 2020, o cardeal Jean-Claude Hollerich, presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia, enviou uma carta à Comissão Episcopal da Nigéria enfatizando o compromisso dos bispos europeus com a defesa da comunidade cristã do país africano e reforçando o pedido de ajuda e cooperação da União Europeia.

Enquanto isso, movimentos midiáticos de ativismo internacional continuam “estranhamente” alheios ao que ocorre com a população negra e cristã da africana Nigéria, preferindo bravatas retóricas como a conclamação a derrubar estátuas de Cristo porque elas seriam instrumentos do “supremacismo branco”.


Cristo Redentor
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