Ele observa que é uma situação complexa ligada ao discernimento vocacional de cada um, e não a um cenário que poderia ser “resolvido” com a abolição do celibatoVia rede social, o pe. Zezinho se manifestou a respeito dos sacerdotes que solicitam a dispensa do ministério para se casarem. Ele observa que é uma situação complexa que diz respeito ao caminho de discernimento vocacional de cada um, e não a um cenário que poderia ser “resolvido” simplesmente com a abolição do celibato, como tantos alegam.
Eis o texto compartilhado pelo pe. Zezinho sob o título “Os mistérios que moram nos outros”:
O desejo de partilhar a vida com a mulher por quem se apaixonou e quis ter filhos com ela já fez muito padre optar por ser “marido e pai” e deixar de ser ministro dos outros sacramentos.
Escolha difícil para quem gostaria de continuar padre, mas casado e com filhos.
A Igreja sabe por que exigiu isto no passado e ainda exige. Não é tão simples como casar ou não casar! Nenhum matrimônio é simples. Os casados sabem disso! Se fosse tão simples, não haveria tantos divórcios e tanta separação!
No caminho muitos mudam de opção. Alguns estão felizes. Outros ainda não se acharam; e nem a paternidade nem a vida conjugal lhes satisfizeram!
Havia outro cérebro e outro coração na mesma casa! E cada coração é um pequeno universo. Não é como Terra e Lua. Não é uma simples questão de empate a 5-5 o tempo todo!
Sonhar com a felicidade não é o mesmo que encontrá-la!
Vale para qualquer cristão de qualquer Igreja que tentou sonhar de novo com outro alguém, porque o sonho anterior não estava dando certo! Muitos, nem no terceiro ou quarto sonho, acordam felizes! É que o outro ou outra nunca vai deixar de ser outro ou outra! Ou o sujeito sossega e entende, ou sofrerá ou fará sofrer.
Humanos não são ladrilhos ou tijolos que se ajustam com pequenos toques. Não havendo amor-renúncia, será mais um ajuste mal ajustado!
Leia também:
“Índios não entendem celibato”? Bispo da Amazônia discorda e responde