Redescobrindo a importância da competência moralSobre a importância da formação da consciência.
Como você responderia ao seguinte? – Oh, você nunca dirigiu um carro com câmbio automático antes? Na verdade, não é difícil, e o manual está no porta-luvas.
Coloco essa questão por dois motivos:
- essa situação realmente aconteceu comigo;
- a situação pode nos ensinar muito sobre a consciência.
Já escrevi bastante nestas páginas sobre consciência. Isso porque parece necessário em resposta aos desafios que os membros da Igreja enfrentam hoje e porque é um ano de eleições onde eu moro.
Consequentemente, muitas pessoas estão falando sobre consciência, na maioria das vezes muito mal e, infelizmente, muitas vezes de forma bastante perigosa.
Manual
Primeiramente, meu pai costumava me dizer: “nenhum de vocês, filhos, veio com um manual, sabia?” Na vida moral, “ler o manual” não é suficiente. É preciso agir corretamente.
Na verdade, esse tipo de ação requer prática (muita prática) e requer mais reflexão do que a maioria das pessoas imagina (ou assim me parece, pelo menos).
Os bons cozinheiros dirão que um bom prato começa com uma boa receita. Mas s boa culinária pode se tornar uma ótima culinária quando um cozinheiro vai além da receita para criar algo extraordinário. Nenhum prato bom rejeita totalmente qualquer receita. Assim, em outras palavras, há um valor, um valor indispensável, em aprender a “ler o manual”. E o mesmo ocorre com a vida moral.
Moralidade
A razão pela qual tantas pessoas dizem coisas tolas sobre moralidade é porque elas nunca “leram o manual”. Na verdade, elas nunca se valeram da sabedoria acumulada ao longo dos milênios por grandes sábios, estudiosos e santos refletindo sobre a lei moral natural e a lei divina.
O que eu gostaria de fazer com você é estimulá-lo a “ler o manual” associado à consciência. Claro, uma pessoa não se torna uma pessoa moral apenas lendo o manual. Mas é menos provável que tenhamos um final ruim se estivermos familiarizados com as instruções.
Consciência
Ao contrário da opinião popular, a consciência não é um sentimento. Também não é “a voz suave na sua cabeça lhe dizendo o que fazer” (há remédios para isso).
Na verdade, consciência, como sugere a raiz latina do termo (con-scienctia), é agir “com conhecimento”.
A consciência é uma função do intelecto, baseada no conhecimento dos princípios morais, bem como no conhecimento dos fatos moralmente relevantes pertinentes ao caso. De fato, em relação ao último, quando alguém começa com, “minha consciência diz…” em vez de “as evidências que eu reuni mostram…”, tendo a ser cético e desconfiado.
Sabedoria
Portanto, o que proponho que façamos nos próximos artigos é “ler o manual” juntos – isto é, revisar passo a passo uma destilação da sabedoria testada e comprovada da civilização ocidental a respeito da consciência.
Nas próximas semanas, examinaremos a formação da consciência em três dimensões, a saber, como intelecto, processo e julgamento. Assim, minha promessa a você é que, ao contrário de outros manuais técnicos que você encontrou e jogou de lado, o passo a passo do manual para um proprietário / operador de uma consciência bem formada será compreensível e, acima de tudo, útil.
Enfim, quando eu escrever na próxima semana, falarei da consciência em termos do intelecto como uma faculdade de formar julgamentos sobre a qualidade moral das ações. Até então, vamos nos manter em oração.
E lembre-se dessa definição básica quando você refletir sobre a formação da consciência: a consciência é uma função do intelecto, baseada no conhecimento dos princípios morais, bem como no conhecimento dos fatos moralmente relevantes pertinentes ao caso.
Leia também:
A consciência não é uma emoção – nem perto disso
Leia também:
5 princípios sobre a consciência para você levar a sério