“É incompreensível por que praças de alimentos podem funcionar com 50% da capacidade, e as igrejas, que são muito mais seguras, com 20%”Mais restrições a igrejas do que a praças de alimentação: dom Gil Antônio Moreira, arcebispo de Juiz de Fora, MG, se mostrou perplexo com a falta de lógica das medidas impostas pela prefeitura à população no tocante à pandemia de covid-19, porque as regras acarretam mais restrições às igrejas do que às praças de alimentação.
De fato, as medidas anunciadas no fim da semana passada limitam a presença de fiéis nas igrejas a, no máximo, 20% da sua capacidade de lotação. Além disso, determina que as Missas e cultos durem no máximo 45 minutos.
No entanto, as praças de alimentação nos estabelecimentos comerciais podem funcionar com até 50% de capacidade.
Segundo o site da Arquidiocese de Juiz de Fora, dom Gil Antônio questionou a razoabilidade e a fundamentação técnica dessa medida:
“É incompreensível por que praças comerciais de alimentos podem funcionar com 50% de sua capacidade de fregueses, sem restrição de horários, e as igrejas, que são lugares muito mais seguros, que cuidam com muito mais rigor do distanciamento, uso de máscara, higienização das mãos repetidas vezes numa única celebração, tapetes químicos e medição de temperatura, devem funcionar apenas com 20% do espaço e restringir suas celebrações em apenas 45 minutos”.
Ele recorda, além do mais, que estamos prestes a viver uma das épocas litúrgicas mais importantes do cristianismo:
“Estamos para celebrar, nas igrejas, a segunda mais importante liturgia do ano, que é o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, festa que se caracteriza pela harmonia, pela ternura e pela paz. Incompreensível!”
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