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Bispo raptado na Nigéria: perseguição contra cristãos do país não cessa

Terrorismo do Boko Haram na Nigéria
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Francisco Vêneto - publicado em 30/12/20
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A perseguição aos cristãos nigerianos é tão intensa que tem sido definida como um genocídioBispo raptado na Nigéria: desta vez a vítima foi dom Moses Chikwe, bispo auxiliar de Owerri, no Estado nigeriano de Imo. Ele foi sequestrado por um bando armado na noite deste domingo, 27 de dezembro.

O portal de notícias do Vaticano publicou, com base em informações da agência Fides, que dom Moses estava no carro da arquidiocese quando sofreu a abordagem. Também foi sequestrado o motorista, cujo nome foi mantido em sigilo para a segurança dos seus familiares. O carro foi encontrado nas proximidades da catedral da Assunção, na própria cidade de Owerri.

Dom Victor Obinna, o arcebispo, confirmou o sequestro. O Secretariado Católico da Nigéria também noticiou o fato e pediu a intercessão de Nossa Senhora pela rápida libertação de dom Moses.

O bispo raptado na Nigéria é mais recente vítima de uma série de raptos de clérigos do país. Na semana passada, um sacerdote foi sequestrado no mesmo Estado enquanto se dirigia ao funeral do próprio pai. Ele foi libertado no dia seguinte, mas este não é o padrão: há raptos que duram semanas e alguns que terminam com o assassinato da vítima. Foi o caso de um seminarista sequestrado em janeiro de 2020 junto com outros três companheiros de seminário. Os três foram soltos após sofrerem agressões físicas, mas o quarto jovem foi achado morto dias depois da soltura dos companheiros.

A Nigéria sofre uma onda de sequestros de religiosos e religiosas há meses, ao mesmo tempo em que os cristãos de várias regiões do país sofrem ataques sangrentos perpetrados pelo bando terrorista islâmico Boko Haram ou pelos violentos pastores nômades Fulani, também adeptos de uma seita fundamentalista islâmica. Exterminar cristãos faz parte dos objetivos declarados de ambos os grupos de fanáticos.

De fato, a perseguição aos cristãos nigerianos é tão intensa que tem sido definida como um genocídio. A gravidade da situação, porém, ainda não parece suficiente para que a ONU tome medidas efetivas.


BOKO HARAM NIGÉRIA
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