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Comunicação: o segredo da paz nas relações

COUPLE LAUGHING
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Psiconlinews - publicado em 06/06/21
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Diga o que o incomoda quando se sentir incomodado. Nunca guarde tudo até explodir. Mas saiba fazer isso do jeito certo!

Às vezes, nos calamos demais. Por educação. Por medo de ofender. Por insegurança. Porque não sabemos se é a hora certa… O problema é que esses silêncios podem acabar se tornando uma bomba relógio prestes a explodir.

Se não dissermos o que nos incomoda, quando nos incomoda, em vez de usar nossas melhores palavras, acabaremos usando nossas “melhores” ofensas.

Tendemos a acreditar que a raiva é o nosso pior inimigo, que é uma das emoções mais negativas que podemos experimentar, mas em muitos casos, na sua base está a frustração. Frustração geralmente é uma emoção que se acumula, por isso às vezes é difícil de detectar e estancá-la. Quando percebemos, já estamos tão frustrados que acabamos explodindo.

O paradoxo é que tendemos a ficar mais frustrados com as pessoas mais próximas e importantes para nós. Mesmo que amemos muito a pessoa, ela também pode gerar uma grande frustração em nós. Isso ocorre porque todos temos um certo nível de tolerância à frustração, que diminui com a exposição repetida a uma situação ou pessoa que consideramos ser a fonte de frustração.

Isso significa que no início de uma experiência difícil somos capazes de gerenciar facilmente a nossa frustração, mas com o passar do tempo e a repetição dessa experiência, nossa capacidade de gerenciá-la diminui consideravelmente. Até chegar o ponto em que simplesmente sentimos que somos incapazes de continuar a suportá-la.

Com pessoas próximas a nós, esse nível de tolerância pode diminuir ainda mais rapidamente, porque muitas vezes não temos um espaço mais privado e íntimo para nos isolar e recuperar a calma e o nosso nível de tolerância. O contato diário nos faz saturar mais rápido. O problema é que naquele momento perdemos o autocontrole, então acabamos explodindo, dizendo ou fazendo coisas que mais tarde nos arrependemos.

Quando nos submetemos a situações incômodas em silêncio, sem defender nossos direitos, o nosso diálogo interno é ativado, um mecanismo através do qual liberamos nossa imaginação para tentar resolver os conflitos do mundo real sem confrontações.

O problema é que, em muitas ocasiões, o diálogo interno acaba saindo de controle, então nós caricaturamos a outra pessoa. Acabamos destacando apenas as suas deficiências, assumindo um pensamento “preto e branco”, que não é o melhor aliado da conciliação, mas se torna mais combustível para o fogo.

Quando estamos muito frustrados, podemos perder a perspectiva e, de repente, paramos de ver as boas qualidades dos outros, de modo que palavras ou atitudes nocivas mexam ainda mais na ferida.

Quando algo nos incomoda, normalmente é melhor fazer-se notar tão logo aconteça. Às vezes, não podemos nos expressar naquele momento, mas não é aconselhável adiá-lo indefinidamente, pois é provável que a outra pessoa nem perceba que suas palavras ou atitudes nos incomodam.

Quando tomamos consciência e comunicamos o que nos incomoda, não estamos apenas aplicando nossos direitos, mas também evitamos a ruminação posterior e a frustração que isso gera. Desta forma, conseguimos manter um relacionamento mais autêntico, sem acentuar o ressentimento. Você só precisa ter certeza de expressar o que sente sem acusar ou ferir o outro.

Quando tomamos como um hábito a expressão das nossas emoções de forma assertiva, conseguimos fazer sem nos irritar, em relação aos outros e a nós mesmos.

Sem dúvida, é uma maneira diferente de se relacionar, vale a pena.

(via Psiconlinews)