Hoje, uma paciente me perguntou assim: "Como é que eu faço para entender esse vazio que não acaba?"
Pois bem. Pensei muito antes de respondê-la. Eu queria mesmo, de todo o coração, ter uma resposta que acalentasse o seu coração. Mas a questão é que vazio não se entende. Vazio se vive. Por mais que quisesse - e eu gostaria muito - de ter uma explicação lógica ou teórica sobre o vazio que ela estava sentindo naquele momento, eu não pude respondê-la.
Comparo aqui o vazio com a chamada “Noite escura da alma”, assim como Santa Faustina viveu e relatou em seu diário. Deus permite desertos e noites escuras em nossas vidas. E geralmente, na atualidade, chamamos isso de vazio. As pessoas vivem um vazio sem nome, sem cor, sem motivo. E a única coisa que ele traz é dor e questionamentos como este.
Viver um vazio ou uma noite escura de alma - como queira chamar - exige coragem. Porque sim, só quem já passou por isso e ainda passa, é capaz de tentar mensurar e entender a dor, os tons de cinza que a vida reflete e a falta de sentido que habita dentro do coração.
Apesar de tudo isso, de tudo que o vazio pode representar, eu arrisco dizer aqui: primeiramente eu compreendo o quão difícil é viver com este vazio ou passar por noites escuras de alma. Contudo, este vazio só vai terminar quando você estiver disposto a encará-ló, vivê-lo e deixar que ele fale através do silêncio ensurdecedor da alma que ele causa.
Vazios não duram para sempre. Noites escuras de alma também não. Seja corajoso(a)! E não se esqueça: para tudo um propósito, para tudo as mãos de Deus sobre você.
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