Se deixarmos a mágoa de lado, talvez consigamos perceber que ninguém passa por nossas vidas em vão.
De fato, há vários tipos de pessoas que passam pela nossa vida. Há aqueles que vêm para ensinar, para aprender, para transformar, mudar, que vêm para nos apresentar novas formas de nos percebermos.
Ninguém vem por acaso. Eu nunca acreditei nessa coisa de coincidência. Penso que há uma razão para cada encontro. Tem momento que a gente é ponte, conexão. Tem horas em que somos chegadas, partidas e destino.
Cada pessoa que passa pela nossa história deixa algo para nós, e leva algo que é nosso com ela. Há momentos em que a gente não consegue entender a razão de alguém ter surgido na nossa vida. Nós quebramos a cabeça inconformados, motivo pelo qual aquele alguém cruzou o nosso caminho. Seja porque ficou muito pouco, seja porque marcou demais. Ou porque as atitudes não condiziam as possibilidades e nem com aquilo que foi plantado e investido na relação.
O fato é que a gente fica remoendo, e as respostas são escassas demais. Ou, talvez, nunca sejam suficientes porque aquela certeza que a gente carrega no peito conflita com o saldo final.
Mas, na verdade, não precisa ficar para sempre para deixar marca em nosso coração. Não precisa durar anos a fio para mexer com a gente de um jeito que nunca mais fomos os mesmos.
Todos aqueles que nos visitam nesta jornada trazem consigo ou levam com eles algo essencial. Muitas vezes, no momento em que acontece, a gente não consegue perceber. Mas passa o tempo e as peças se encaixam. Tem sofrimento que, passado um tempo, se torna alguns dos nossos maiores recursos e principais virtudes.
Há quem passe pela nossa vida para nos ensinar paciência. Para nos mostrar quão fortes nós somos e não sabíamos. Como somos sensíveis e como é grande a nossa capacidade de amar.
Também há quem passe pela nossa vida para mostrar como a gente pode se apaixonar e como nós temos na gente qualidades que nem sabíamos.
Tem pessoas que passam pela nossa vida somente para apresentar um pouco de nós a nós mesmos. Às vezes na dor fica difícil de a gente entender. Mas, passado o ferimento e estabelecida a cicatriz, nós percebemos que com ela, somos muito mais nós do que já fomos um dia.
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