Quando se fala em museus ou centros culturais em São Paulo, quem conhece a cidade geralmente pensa no Masp, no Mube, no MIS, no CCSP, no MAC–USP ou na Pinacoteca. Mas existem diversos outros espaços relacionados à cultura na capital paulista que valem a visita. Especialmente agora, com o avanço da vacinação contra Covid-19, quando todos seguem recebendo o público seguindo os protocolos e as medidas restritivas, geralmente com agendamento de horário. Vejamos cinco boas opções de programa na capital menos conhecidas do grande público.
Com piscina e vista panorâmica nos fundos, além de uma suntuosa biblioteca com mezanino, o casarão modernista no Morumbi onde a galeria está instalada, por si, já vale a visita. E a programação de vernissages e exposições individuais também costuma ser boa. Atualmente, o espaço exibe a série Múltiplos, do artista plástico Daniel Albuquerque, e a exposição Sono Leve, da brilhante pintora paulistana Renata de Bonis.
Também no bairro do Morumbi, trata-se da antiga residência de um casal que disponibilizou para a cidade seu salão e seu acervo de obras de arte (incluindo pinturas de Cândido Portinari, Brecheret, Lasar Segall e Di Cavalcanti), móveis, tapeçaria e prataria. A estupenda construção modernista assinada pelo arquiteto Oswaldo Arthur Bratke está cercada por um parque de 75 mil metros quadrados com paisagismo de Otávio Augusto Teixeira Mendes. Um dos maiores atrativos é o disputado chá da tarde.
Como o nome sugere, o casarão no Jardim Europa é um espaço dedicado ao estudo, à preservação e à exposição de mobiliário, da arquitetura e das moradas no Brasil desde o século XVII. O espaço oferece duas mostras de longa duração: Remanescentes da Mata Atlântica e Acervo MCB, que relacionam diversas espécies nativas da mata atlântica com móveis, objetos e vários tipos de madeira. A exposição temporária do momento é com obras do artista e designer Jean Gillon; no dia 17, estreia a mostra do designer e arquiteto Bernardo Figueiredo. O MCB ainda oferece um tour digital no qual delineia hábitos culturalmente brasileiros na vida privada.
Localizado dentro do Parque Ibirapuera, próximo à Bienal, é um espaço de preservação da história, da etnologia e da cultura de matriz africana, mostrando seu importante papel na construção da identidade brasileira. No espaço com 11 mil metros quadrados, situado no pavilhão Padre Manuel da Nóbrega, estão mais de seis mil obras, entre pinturas, esculturas, fotografias, gravuras, documentos e peças etnológicas produzidos XVIII e os dias de hoje. Entre os temas estão escravidão, religião, trabalho e arte.
