Existem curiosidades sobre o catolicismo que nem todos sabem. Por exemplo, na maioria das vezes, a Igreja Católica é chamada de Igreja Católica Apostólica Romana. Existem várias razões históricas diferentes para isso. No entanto, a denominação é de alguma forma enganosa - a Igreja Católica está longe de ser exclusivamente romana. É composta por 24 igrejas particulares, sendo a igreja latina romana, a maior de todas.
A palavra “católico” significa literalmente universal no grego original - katholikos. O termo foi usado pela primeira vez em uma carta enviada por Santo Inácio de Antioquia por volta do ano 110, e então repetidamente incluída por outros primeiros padres em vários textos, cartas, sermões e palestras catequéticas diferentes, como as de São Cirilo de Jerusalém.
Foi finalmente usado formalmente e com autoridade para se referir ao Cristianismo como a religião oficial do Império Romano, tanto oriental quanto ocidental, com o edito De Fide Catholica de Teodósio , publicado no ano 380.
Em suma, o catolicismo está longe de ser uma tradição homogênea. É bastante multifacetado, rico, muitas vezes diferente. Todas as 24 igrejas que o compõem têm tradições litúrgicas, espirituais, teológicas e canônicas distintas que foram preservadas e transmitidas de geração em geração.
É um patrimônio bastante complexo que, apesar (ou talvez por causa) de sua diversidade, é considerado universal - literalmente, católico - por aqueles que dela compartilham. Não é de se admirar, então, que existam coisas que talvez não saibamos sobre isso. Aqui, gostaríamos de compartilhar 5 curiosidades sobre o catolicismo que talvez você não saiba.
O sistema universitário como o conhecemos surgiu na Europa, em torno do que então se chamava “escolas catedrais”: academias, geralmente anexadas a um mosteiro ou catedral, para clérigos que estudariam direito canônico, teologia e filosofia. Em breve, essas escolas abriram suas portas para os leigos, tornando-se centros de alfabetização, concedendo os mesmos graus que ainda hoje temos (bacharelado, mestrado e doutorado).
Alguns anos depois da conclusão do Mosteiro dos Cartuxos de São Giacomo (século XIV), o prior surpreendeu-se com a notícia de que a rainha que doara o terreno para a construção, iria fazer uma visita oficial ao lugar. Para recebê-la, ele correu para fazer um arranjo com as flores mais lindas da ilha.
Assim que a rainha foi embora, quando as flores deveriam ser jogadas fora, o prior notou que a água estava com uma fragrância que ele desconhecia. Ele levou a água para um monge botânico, que traçou a origem do perfume até o“Garofilum Silvestre Caprese.” Essa água, conta a história, se tornou o primeiro perfume de Capri.
O capítulo VIII do Rituale Romanum, um manual litúrgico datado de 1614, inclui bênçãos especiais para quase tudo que você possa usar diariamente . O capítulo chama-se “Bênçãos de coisas designadas para uso comum”. Nele você encontrará bênçãos para queijos, manteigas, sementes, sal, aveia, barcos de pesca, ferramentas para alpinistas e até cerveja.
Tanto gregos quanto romanos, durante a época de Cristo, mantinham a barba feita. Em algumas imagens muito antigas do batismo de Cristo, Jesus é aparece sem barba, ao contrário da maioria das representações bizantinas. Já no século VI, a lei canônica inglesa ordenava aos clérigos que “não permitissem que nem cabelo nem barba crescessem livremente” ( Clericus nec comam nutriat nec barbam ).
Essa proibição ocorreu durante toda a Idade Média. O Conselho de Tolouse (1119) ameaçou de excomunhão todos os clérigos que deixassem seus cabelos e barba crescerem "como leigos". Mas havia alguma lacuna nessa lei, Muitos interpretaram que ela também permitia o uso de barbas curtas e bem cuidadas. A frase barbam nutrire (“cultivar a barba”) usada nesta lei não parecia proibir estritamente o uso de barba curta.
No entanto, alguns consideravam que os pelos faciais representavam uma infinidade de pecados. O barbear implicaria simbolicamente o “corte” dos pecados e vícios considerados não apenas nocivos, mas também supérfluos, pois os pelos faciais são perfeitamente dispensáveis e desnecessários. Mas há razões práticas relacionadas à própria liturgia: os clérigos não devem permitir que os pelos do lábio superior os impeçam de beber do cálice.
Guadalupe, por mais estranho que possa parecer para alguns, provavelmente não é um nome mexicano. Na verdade, nem sequer é espanhol, embora seja originalmente o nome de um rio da província espanhola da Extremadura.
De acordo com alguns, Guadalupe é uma versão castelhana, ou espanhola padrão, do árabe Wadi-al-lubben, que significa "o rio escondido".
O árabe não é surpresa: é preciso lembrar que a Península Ibérica foi ocupada por cerca de oito séculos pelos mouros, muçulmanos de língua árabe do norte da África.
Segundo outra corrente, o nome "Guadalupe" é uma mistura do latim com o árabe (conhecido precisamente como “árabe latino”), Wadi-lupe, que significa “o rio dos lobos”.