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Agência humanitária católica denuncia: idosos estão passando fome sob o regime cubano

CUBA
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Francisco Vêneto - publicado em 28/07/21
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"Além da pandemia de covid-19, há uma pandemia de fome em Cuba e as pessoas mais afetadas são os idosos"

A agência humanitária católica norte-americana Catholic Relief Services (CRS) denunciou que idosos estão passando fome sob o regime cubano, hoje encabeçado por Miguel Díaz-Canel, presidente escolhido pelo ditador Raúl Castro.

Ana Gloria Rivas-Vásquez, da diretoria da instituição, declarou à agência ACI Prensa neste 25 de julho, primeiro Dia Mundial dos Avós e Idosos:

"Além da pandemia da covid-19, há uma pandemia de fome em Cuba. As pessoas mais afetadas são os idosos. O povo de Cuba está envelhecendo e cerca de 20% são idosos".

De fato, os maiores de 60 anos já superam 20% da população em Cuba, Uruguai e Barbados, conforme dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). Ainda segundo a CEPAL, Cuba se tornou a primeira economia envelhecida na região já em 2010, mas não devido à melhora das condições de vida dos mais velhos e sim por causa de fatores como o saldo migratório negativo e a diminuição permanente das taxas de fecundidade.

O próprio regime cubano informou, no final de 2020, que a população maior de 60 anos na ilha chegava a 21,3% do total, com estimativas de superar os 30% no "futuro próximo".

A CRS é parceira da Caritas Cuba há 30 anos em programas de ajuda aos mais vulneráveis. Uma das iniciativas conjuntas é justamente um programa de alimentação para idosos nas dioceses de Cienfuegos, Holguín e Matanzas. Antes da pandemia, os alimentos eram entregues em refeitórios, mas agora a distribuição precisa ser feita de casa em casa, o que dificulta muito a logística. Ana Gloria Rivas-Vásquez comenta, mesmo assim, que, "graças a Deus, a Caritas Cuba conta com uma rede de voluntários que ajudam muitíssimo essas pessoas tão necessitadas".

Ela reforça que os idosos são os mais atingidos pela crise no país, marcada não só pela escassez de alimentos, mas também de artigos de higiene e medicamentos. Estas denúncias já haviam sido feitas por padres católicos recentemente, durante a violenta repressão do regime comunista cubano aos protestos que eclodiram em diversas cidades da ilha pedindo liberdade e melhores condições de vida.

As ações da CRS dependem hoje de doadores, tanto católicos quanto não católicos, principalmente nos Estados Unidos. A seu respeito, Ana Gloria Rivas-Vásquez declarou à ACI Prensa:

"Os doadores responderão ao chamado do Evangelho de ajudar ao próximo. Agradecemos muito por toda a ajuda financeira, porque, sem ela, não poderíamos fazer o nosso trabalho. Mas também pedimos sempre orações".