Quando a americana Simone Biles desistiu de disputar as finais individuais gerais da ginástica artística em Tóquio, o mundo do esporte entrou em comoção.
Considerada a maior ginasta de todos os tempos, Simone Biles passou os últimos anos encantando multidões com suas apresentações ousadas. Executava movimentos extremamente complexos e que desafiavam a morte, já que toda vez que ela se apresentava corria o risco de se machucar seriamente e colocar a própria vida em risco.
Ao tomar a decisão de desistir da competição por motivos de saúde mental, a católica devota de 24 anos de idade mostrou que, afinal, ela também é humana. E em sua mensagem aos repórteres, ela abordou sua surpreendente decisão:
Por ter sido colocada no alto do pedestal da ginástica, sua decisão de parar deve ter sido tão difícil quanto alguns de seus belos e ousados movimentos. Mas, como diz o ditado, “o orgulho vem antes da queda”. No caso de Simone Biles, essa queda poderia ser mortal.
Uma decisão difícil, mas que certamente foi resultado de uma rotina de estresse e pressão pela perfeição, somada a um passado de abusos. Vale lembrar que Simone Biles sofreu abuso psicológico e sexual, como se provou no caso do médico Larry Nasser. Ele abusava também de dezenas de outras ginastas.
Mas sua habilidade de combater o orgulho é tão impressionante quanto suas habilidades atléticas. E, sem dúvida, a detentora de 25 medalhas em mundiais (seis em jogos olímpicos) seguirá confiando em sua fé enquanto ela continua a se concentrar em sua saúde mental.
Embora seus fãs possam ficar desapontados por não verem Simone Biles em Tóquio, ela demonstrou toda a sua vulnerabilidade e humildade. E isso a torna ainda mais campeã!