Uma dúvida que sempre surge entre os fiéis é a seguinte: uma família de católicos pode guardar em casa as cinzas dos seus entes queridos mortos que foram cremados?
Para responder a esta dúvida, temos que averiguar o que a Igreja diz sobre a cremação e o destino das cinzas.
Em 2016, foi publicada a Instrução da Congregação para a Doutrina da Fé Ad resurgendum cum Christo sobre o sepultamento e a preservação das cinzas em caso de cremação.
Este documento foi, provavelmente, solicitado pela Conferência Episcopal Italiana, que encontrou problemas sem precedentes nas novas práticas funerárias permitidas pelo direito civil italiano.
De fato, a partir de 2001, um regulamento na Itália permitia a possibilidade de guardar as cinzas do falecido em casa ou dispersá-las no meio ambiente após a cremação.
Entretanto, o referido documento de 2016 contém algumas novidades. A instrução afirma que a cremação não é “em si mesma contrária à religião cristã”. Entretanto, recomenda o sepultamento dos defuntos nos cemitérios ou outros locais sagrados:
"Enterrando os corpos dos fiéis defuntos, a Igreja confirma a fé na ressurreição da carne, e deseja colocar em relevo a grande dignidade do corpo humano como parte integrante da pessoa da qual o corpo condivide a história (...)
A sepultura nos cemitérios ou noutros lugares sagrados responde adequadamente à piedade e ao respeito devido aos corpos dos fiéis defuntos, que, mediante o Batismo, se tornaram templo do Espírito Santo e dos quais, 'como instrumentos e vasos, se serviu santamente o Espírito Santo para realizar tantas boas obras.'"
Em conformidade com várias Conferências Episcopais e a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, a Instrução diz que "o armazenamento de cinzas em casa não é permitido":
Acrescenta-se, no entanto, que:
O documento ainda instrui que os católicos não devem jogar as cinzas dos mortos no meio ambiente, e que: