O Papa Francisco afirmou hoje que na Igreja ninguém deve se sentir estranho nem marginalizado.
"E não se trata apenas dum modo de dizer, mas é o modo de ser da Igreja", disse, em sua saudação à comunidade cigana na Eslováquia.
Deus nos vê como filhos: tem olhar de Pai, olhar de predileção por cada um dos filhos.
O Papa Francisco comentou em seguida as palavras de Cristo no Evangelho de Mateus (7, 1): "não julgueis".
Não julgueis: diz-nos Cristo. E todavia quantas vezes não só falamos sem provas ou por ouvir dizer, mas consideramos também ter razão quando somos juízes implacáveis dos outros. Indulgentes conosco mesmos, inflexíveis com os outros. Quantas vezes os juízos não passam realmente de preconceitos, quantas vezes adjetivamos! Deste modo desfiguramos com as palavras a beleza dos filhos de Deus, que são nossos irmãos. Não se pode reduzir a realidade do outro aos próprios modelos pré-concebidos, não se podem rotular as pessoas. Antes de mais nada, para conhecê-los verdadeiramente, é preciso reconhecê-los: reconhecer que cada um traz em si a beleza incancelável de filho de Deus, no qual se espelha o Criador.
O Papa afirmou que muitas vezes os ciganos foram "objeto de preconceitos e juízos cruéis, estereótipos discriminatórios, palavras e gestos difamatórios".
Mas como fazer? – questionou o Papa, que deu as seguintes orientações.
E a quem pertence o futuro? – perguntou em seguida o Papa.
O Papa encerrou sua saudação agradecendo a todos que realizam "este trabalho de integração que, além de exigir não pouca fadiga, por vezes é objeto também de incompreensão e ingratidão, porventura mesmo da Igreja".