Do serviço postal ao claustro: Irmã Lilia Maria é mãe, avó e viúva. A certa altura de sua vida, ela decidiu trilhar um novo caminho e se entregar inteiramente a Deus. Assim, após uma longa reflexão, ela chegou a um lugar onde nunca teria pensado em viver o resto de sua vida: um convento.
Lilia Maria Caterina Battaglierin nasceu em abril de 1932. Ela se casou, tornou-se mãe e trabalhou como agente do serviço postal de Mirano, Itália (perto de Veneza).
Depois de se aposentar, já viúva, deu o salto para seguir o chamado de Deus. Em 23 de maio de 1993, Lilia Maria Caterina Battaglierin tornou-se Irmã Lilia Maria, freira salesiana enclausurada do mosteiro da Visitação de Pádua (Ordem das Monjas Visitandinas).
Lilia Maria Caterina Battaglierin celebrou seu 25º aniversário como freira de clausura no dia 17 de julho. Sua família, composta por sua filha e genro e dois netos, fala com ela quase sempre à distância; eles só têm permissão para visitá-la uma vez por mês, de acordo com as regras do mosteiro, conforme relata o site TgPadova .
A ordem da Visitação nasceu em 1610 graças a São Francisco de Sales e Santa Joana Francisca de Chantal. São conhecidas como Irmãs Salesianas ou, mais comumente, como Visitandinas ou Irmãs da Visitação. Inicialmente, o plano era que as religiosas deixassem o convento por algumas horas todos os dias para ir ajudar os doentes e os pobres. Posteriormente, a comunidade adotou uma regra de vida enclausurada, mas que acolhia idosos, mulheres com problemas de saúde e viúvas como membros, o que não era a norma na época.
O jornal diocesano de Pádua explica que as freiras não lêem jornais nem assistem televisão, exceto para o Angelus dominical do Papa. No entanto, não estão totalmente desligadas do mundo: recebem centenas de cartas e pedidos de oração de muitos fiéis, pelos quais rezam várias vezes ao longo do dia.