Aproxima-se o Dia de Todos os Santos e, com ele, uma lembrança-chave para todo católico: ser santo é muito mais simples do que pintam por aí.
Ser santo, afinal, é manter a união com Deus mediante a vida de graça, amando-O sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, praticando no dia-a-dia os ensinamentos de Jesus. Simples mesmo. No entanto, “simples” nem sempre quer dizer “fácil”.
E, de fato, não é fácil porque exige escolhas – e toda escolha exige renúncias. Se você escolhe a Deus, então renuncia ao mal e a todos os agentes do mal. Escolhendo o próximo, você renuncia ao egoísmo. Ao escolher os ensinamentos de Jesus, renuncia às ideologias do mundo. E, se escolhe a vida de graça, é porque renuncia ao pecado.
Renunciar ao egoísmo, no entanto, não quer dizer que você deva deixar a si mesmo completamente de lado. Jesus, afinal, não pediu para amarmos o próximo mais que a nós mesmos: Ele nos pediu para amarmos o próximo como a nós mesmos.
Amar a nós mesmos, portanto, também é um mandamento cristão! Só que nos amarmos de verdade não é escolher o que nos escraviza e nos acomoda. Pelo contrário: é escolher e alimentar o que existe de mais nobre e elevado em nós, já que somos imagem e semelhança de Deus e Ele nos chama a restaurar esta semelhança. O que é para deixar de lado, então, é tudo aquilo que o pecado corrompeu em nossa natureza; tudo aquilo que nos afasta da verdadeira essência humana, que é ser imagem e semelhança de Deus, nosso Pai.
E Deus é Alegria! No fim das contas, Deus nos criou para sermos felizes, alegres, radiantes! É por isso que, na vida de união com Deus, todas as alegrias puras, belas e simples não são apenas recomendáveis: elas são imprescindíveis.
Ser santo é simples
Os santos são exemplos de como desfrutar das coisas simples e belas da criação divina com alegria e leveza.
É por isso vemos imagens como a da Santa Madre Teresa de Calcutá pulando corda com uma criança – e como uma criança… Ou Santa Dulce dos Pobres tocando acordeon…
Ou São João Paulo II fazendo caretas para os fotógrafos e jogando bola de batina e tudo… Ou os Papas Bento tomando cerveja, como bom alemão, e Francisco tomando vinho, como bom argentino…
Entre centenas ou milhares de outros exemplos, vemos também o jovem beato Carlo Acutis harmonizando com alegre simplicidade a sua paixão pelos computadores e o seu imenso amor pela Eucaristia. Como bem o descreveram, ele é um testemunho de que dá para sermos “santos de calça jeans”.
Pode não ser fácil – mas é simples!