O santo colocado vivo no óleo quente existiu de verdade? Quem é? A indagação foi abordada pelo pe. Cido Pereira, que mantém uma coluna de perguntas e respostas no jornal O São Paulo, da arquidiocese paulistana. Respondendo à leitora Neusa, do bairro de Santa Cecília, ele explicou:
"Minha irmã, sim, existiu: São João Evangelista. Ele e seu irmão, São Tiago maior, foram dois dos pescadores chamados por Jesus. Devido ao temperamento explosivo dos dois, Jesus os chamou de 'filhos do trovão'. A mãe deles chegou a interceder por eles, pedindo um lugar de destaque no Reino que Jesus fundaria.
Tudo indica que João era o discípulo que Jesus mais amava e este amor era recíproco. João foi o único discípulo que acompanhou toda a caminhada de Jesus até o Calvário. Tanto que Cristo, pendurado na cruz, confiou sua mãe a ele. E João a levou para morar consigo.
São João é o autor de um Evangelho, de três cartas e do livro do Apocalipse. Em seu Evangelho, ele faz uma profunda reflexão sobre a missão de Jesus. Em suas cartas, ele proclama o amor como o DNA dos discípulos de Cristo. E, no Apocalipse, ele, em linguagem simbólica, alimenta a fé e a esperança dos cristãos em meio às perseguições".
O santo colocado vivo no óleo quente
O pe. Cido finalizou:
"São João Evangelista foi torturado cruelmente pelo imperador Valério e foi jogado num tacho de azeite fervendo. Escapou miraculosamente. Então foi exilado na Ilha de Patmos, no Mar Egeu, que era um lugar de banimento de pessoas. Ele morreu em Éfeso no ano 103, com 94 anos".