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É Natal… E onde está Jesus?

CHRISTMAS
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Hozana - publicado em 24/12/21
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Faça do seu coração uma manjedoura capaz de acolher esse Menino-Deus que quer nascer em nós

Que bom, o Natal! É uma festa animada, a cidade se enche de luz... Pernil de porco, peru (ou chester). As famílias se reúnem, troca de presentes... Podem até vir amigos, mas não abrimos mão, é festa da família!

Tem sido mais ou menos assim, em muitos lares, em muitas, muitas cidades do planeta. Nas praças e casas, decorações e festas, muitas vezes pomposas. Presépios os mais variados...

Não deveria ser assim... As canções falam claramente, mas, parece, não se reflete, ao ouvi-las. Como nesta, letra simples e direta:

"Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina e nasce outra vez
Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo
Do amor como um todo

Então bom Natal
E um Ano Novo também
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem

Então é Natal, pro enfermo e pro são
Pro rico e pro pobre, num só coração
Então bom Natal, pro branco e pro negro
Amarelo e vermelho, pra paz afinal

Então bom Natal
E um Ano Novo também
Que seja feliz quem
Souber o que é o bem
"

Onde está Jesus?

Será que Jesus Cristo, motivo central da festa, não estaria a nos lembrar com veemência: Olha, vocês continuam dando atenção exagerada aos insinuantes apelos comerciais... Shoppings, poderes e repartições públicas, e casas, disputam as mais luminosas, as mais delirantes decorações. 

Mas não há lugar para os desvalidos e para os marginalizados... Ne mesmo em considerável parte das igrejas cristãs...

Não é que sejamos contra a alegria. E Deus também não é. Pelo contrário: “Eu vim para que todos tenham via, e vida plena” (jo 10:10). E alegria é vida...Mas vida plena quer dizer também vida de todos; e não de uma minoria. Como posso alegrar-me, eu e minha família, e meus amigos, sabendo que muitos passam fome? Depois da missa, do culto religioso e da ceia farta, das comemorações, repousar sobre macio travesseiro, enquanto muitos tentam dormir ao relento? Desconhecer que milhões de Irmãos e irmãs perambulam, vegetam, invisíveis, na indigência, na miséria?

Não penso num Deus irado, mas desapontado, com a sua mais perfeita obra... É Ele que grita: “Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los?” (Marcos 9:19). Até quando olvidarão os meus preferidos, os pequeninos? Deixem as máscaras apenas na boca e nariz; tirem a venda dos olhos, amoleçam esses corações de pedra! E, assim, poderão contemplar ‘a obra nova’, que está surgindo para os justos e misericordiosos (Ap 21:5). Por que não conseguem enxergar?... Depois de tantos sinais...

O Senhor da História

Claro, o mundo e a humanidade se tornaram complexos, e a economia os rege... Mas não podemos esquecer o Senhor da História, “o alfa e o ômega”. Ele pôs toda a criação sob a autoridade, sob a administração dos homens, conforme os seus talentos. Talentos que estão sendo enterrados, com atitudes e cenas desagradáveis aos olhos do Senhor. , substituindo-o pelo ‘papai noel’... De onde surgiu essa bizarra figura? Se viesse de Deus, as crianças mais pobres seriam as primeiras contempladas... Não acham?

Que não percamos, porém, a esperança, façamos nossa parte. Na vivência do Natal, nas nossas comemorações, nos encontros familiares e sociais, vivamos o amor e a Paz do Senhor. Como deve ser o dia a dia dos cristãos. Afinal Jesus é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6). E continua a se nos oferecer, como Pai amoroso: “Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". (Mt 11:29-30). E sua promessa é clara: Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28,20).

Fé e caridade

É certo que temos dificuldade em seguir esse caminho, essa verdade, a verdadeira vida... e sermos manos e humildes de coração... Somos frágeis; contudo, lutemos! Com fé, esperança e caridade (esta, especialmente). Afinal diz São Tiago: a fé sem obras é morta (Tg 2: 26). Demo-nos as mãos, e cuidemos uns dos outros, especialmente, os desvalidos, os pequeninos de Jesus. “... o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’. (Mt 25:40).

Nisto se resumiu a vida de grandes santos, como Teresa de Calcutá e Dulce dos Pobres (o anjo bom da Bahia), e tantos e tantas, imitadores de Cristo e do “pobrezinho de Assis. É o que nos orienta o nosso Papa (o Francisco do século XXI), em diversas exortações, inclusive na que fez em relação à Vicência do Advento de 2022: empregos, distribuição de renda mais justa, vacinas para os países mais pobres, acolhimento aos migrantes... E que busquemos enxergar e apoiar todos excluídos e os sem-nada.

Assim poderemos entoar belos hinos nas nossas piedosas celebrações de Natal (Nasceu em Belém, a Casa do Pão):

Natal: fazer do coração uma manjedoura

Convido você a fazer do seu coração uma manjedoura capaz de acolher esse Menino-Deus que quer nascer em nós, mas que também se manifesta todos os dias em rostos invisibilizados. A rede social de oração Hozana oferece, nesse período, uma novena que ajudará você a preparar o seu coração para o verdadeiro Natal: Novena “Que no Natal o meu coração seja Manjedoura”. E, ao rezarmos esta novena, o nosso coração se prepare para o nascimento de Jesus. Clique aqui para rezar.

Enfim, vivamos o Natal de Jesus, o Salvador, com coração e alma abertos, como coroação do Advento, este riquíssimo tempo litúrgico. E mais: vivamo-lo, no decorrer de todo o ano, e de toda a vida, dádiva de Deus.

Olímpio Araújo, membro da AMLEF e ACLP, pelo Hozana