Os dois primeiros santos celebrados durante a oitava do Natal não estão diretamente ligados ao Natal de Jesus Cristo, mas são inseridos nesta época do ano em reconhecimento aos seus extraordinários exemplos de santidade. A festa de Santo Estêvão, em 26 de dezembro, é seguida pela de São João Evangelista, em 27 de dezembro.
Ênfase na divindade de Cristo
Em primeiro lugar, alguns especialistas apontaram a ênfase de São João na divindade de Cristo em seu Evangelho como uma razão apropriada para celebrá-lo na oitava do Natal.
O St. Andrew Daily Missal mostra esse ponto em seu comentário acerca da festa:
Príncipe das virgens
Dom Prosper Guéranger aborda uma questão diferente em seu livro Liturgical Year, explicando que São João é homenageado por seu exemplo de amor virginal:
"Mais perto do presépio de Jesus, depois de Estêvão, está o apóstolo João e Evangelista. Era justo que fosse atribuído o primeiro lugar àquele que amou tanto a seu Deus que derramou seu sangue em seu serviço ... Mas depois do sacrifício de Sangue, o mais nobre, o mais valente e o que mais conquista o coração d'Ele, que é a Esposa das almas, é o sacrifício da Virgindade."
Agora, assim como Santo Estêvão é considerado mártir, São João é homenageado como o Príncipe das Virgens. O martírio conquistou para Estêvão a Coroa e a palma, a virgindade mereceu para João as prerrogativas mais singulares que, ao mesmo tempo em que mostram quão querida a Deus é a santa castidade, colocam este discípulo entre aqueles que, por sua dignidade e influência, estão acima dos demais homens."
É este amor puro que deu a São João a força para ficar ao lado de Cristo aos pés da cruz, quando todos os outros apóstolos se dispersaram.
Enquanto refletimos sobre os mistérios do Natal, aguardamos o ato supremo de salvação de Jesus, seu sacrifício na cruz.