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Secretário do Papa Emérito: “querem destruir a pessoa e a obra de Bento XVI”

Bento XVI
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Francisco Vêneto - publicado em 16/02/22
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Dom Gänswein denuncia o "vil ataque" orquestrado contra Bento XVI após o relatório sobre abusos sexuais na Alemanha

O arcebispo dom Georg Gänswein, secretário pessoal do Papa Emérito Bento XVI, declarou ao jornal italiano Corriere della Sera que existe uma corrente que pretende "destruir a pessoa e a obra" de Joseph Ratzinger e até mesmo apagá-lo da memória oficial da Igreja. Segundo o arcebispo, essa corrente "nunca o amou como indivíduo, nem a sua teologia, nem o seu pontificado".

As declarações se seguiram à carta aberta de Bento XVI a respeito do relatório sobre abusos sexuais perpetrados por clérigos na arquidiocese alemã de Munique e Fresing, elaborado pelo escritório de advocacia Westpfahl-Spilker-Wastl, mas refutado por quatro juristas. Um deles, Lothar Christian Rilinger, ex-membro do Tribunal Estadual da Baixa Saxônia, questionou a imparcialidade do relatório encomendado. Os juristas que estudaram as quase 2.000 páginas do relatório também sustentam a afirmação de Bento XVI de nunca ter nomeado para qualquer ofício pastoral nenhum sacerdote sabidamente abusador.

Dom Gänswein, de fato, falou explicitamente do "vil ataque" orquestrado contra Bento XVI depois que o Papa Emérito declarou não ter confiado nenhum cargo pastoral a um sacerdote que, em 1980, foi acolhido na arquidiocese para tratamento terapêutico. O Papa Emérito havia sido acusado de ter "acobertado um pedófilo" e, ao refutar esta acusação, ainda foi alvo de outra campanha midiática voltada a tachá-lo de "mentiroso".

"A honestidade moral e intelectual de Bento XVI é altíssima" e condiz com a realidade de que nunca foi encontrada nele "qualquer sombra ou tentativa de esconder ou minimizar qualquer coisa", afirmou dom Gänswein. O arcebispo acrescenta que as pessoas que conviveram com o Papa Emérito bem sabem "o que Joseph Ratzinger-Bento XVI disse e fez em relação a toda essa questão da pedofilia: ele foi o primeiro a atuar como cardeal e depois continuou a linha de transparência como Papa. Já durante o pontificado de João Paulo II ele mudou a mentalidade atual e marcou a linha que o Papa Francisco segue".

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